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Conheça 8 (bons) hábitos que adquiri em Portugal

Tomar sopa, usar sacolas de material reciclado e consultar-me na saúde pública são alguns das novidades encontradas por aqui

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1 de 1 sopa - Foto: iStock

Listas sempre fazem sucesso. Não sei se as pessoas gostam de dicas ou se têm preguiça de ler e preferem percorrer tópicos. Ou mesmo, se é falta de assunto de quem escreve. Seja por obrigação, necessidade ou revisão das próprias crenças, eis uma lista de oito (bons) hábitos que adquiri em Portugal.

1. Tomar sopa
Portugueses servem esse prato como entrada do almoço ou jantar. No inverno ou no verão. O hábito praticamente diário, difere de nós brasileiros, que tomamos a sopa como refeição principal. Aliás, sempre achei esse cardápio adequado apenas para quando estamos doentes. Aqui é comum. Vende pronta até nos supermercados. Faz ainda parte das opções de uma famosa rede de lanchonetes internacional. Lá, pode-se trocar a batata frita pela sopa no seu combo. Bem mais saudável.

2. Atender o telefone à moda portuguesa
Aqui quando se liga para alguém e o sujeito do outro lado da linha diz “alô”, você com certeza está diante de um brasileiro. Portugueses respondem “tô”, como uma forma reduzida de “estou”. No começo era divertidíssimo, especialmente quando a ligação estava ruim e a pessoa ficava falando “tô… tô… tô….” e eu do lado de cá, “alô… alô…. alô…”. E antes de se despedir, eles sempre terminam com um gentil “com licença”, como se estivessem pedindo permissão para desligar.

3. Usar sacolas de material reciclado
No Brasil, os clientes de supermercado pegam uma dúzia de sacolinhas de plástico para usar como saco de lixo ou catar cocô de cachorro. Em Portugal, essa brincadeira ia lhe custar pelo menos 1,20€ (quase 5 reais), 10 cêntimos por cada uma. Por isso, todos levam de casa bolsas feitas de material reciclado, as ecobags. Eu já deixo umas quatro dentro do carro pois nunca se sabe quando precisarei usar.

4. Reciclar o lixo de fato
Esse hábito já poderia ter adquirido no Brasil. Mas, no máximo, separava os plásticos. Sei como a coleta seletiva no nosso país ainda é precária. Por aqui, leva-se muito a sério. Existem containers diferentes para lixo orgânico, papel, metal, plásticos e vidros. Essa separação minuciosa deve ser feita dentro de casa e o próprio morador leva os resíduos até a esses locais. Não passa caminhão na frente de casa para recolher comodamente o seu lixo.

5. Proteger-me do frio sem parecer uma cebola
Coloque uma camiseta, uma camisa por cima, uma blusa, outra para deixar mais quentinho e, por fim, um casacão. Pronto. A pessoa se transforma em um astronauta e não consegue nem mexer os braços de tantas peças que vestiu. Quando entra em lugar aquecido, começa o ritual de despir-se das camadas. Bem, o segredo é utilizar por baixo de tudo uma camiseta térmica bem justa ao corpo. Às vezes, só um suéter por cima já resolve. Não tem ciência. As roupas não te esquentam. Elas simplesmente devem cumprir a função de preservar o seu próprio calor natural.

6. Usar os espaços públicos
Brasília não é parâmetro de comparação, pois julgo ser uma cidade com vocação para desfrutar dos espaços externos. Os seus parques, as quadras, a orla do Lago, o Eixão aos domingos, sob este céu incrível, são um convite para sair de casa. Hoje, percebo: poderia ter curtido mais a cidade. Em Portugal, caminhar nas ruas e calçadões, fazer um piquenique, levar as crianças ao parquinho das praças são programas muito agradáveis, com uma diferença, você se sente seguro.

7. Utilizar o transporte público
Na parada do ônibus está lá. A linha 418 passa às 10:15. E o autocarro, como se diz aqui, passa no horário. O mesmo vale para o metrô ou o comboio, o trem de subúrbio que me leva até Lisboa. É uma escolha racional: por que utilizar o carro se eu conto com meios de transporte limpos, confortáveis, eficientes, mais baratos e pontuais?

8. Consultar-me na saúde pública
A médica vem me receber na recepção e pede desculpas por ter atrasado 10 minutos, numa consulta marcada no mesmo dia para minha filha. Não, não estou em uma clínica particular em bairro nobre. Estou na Unidade de Saúde de Família onde estamos inscritos. Saúde Pública. Saio com uma receita de um antibiótico, na qual consta que a farmácia não pode me cobrar mais do que X euros pelo medicamento. Um valor se, comparado ao Brasil, é quatro vezes menor.

Uma Boa Páscoa a todos!

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