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Presidente da Petrobras defende “regra mais solta” para dividendos

Nesta semana, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o que chamou de “indecente distribuição de dividendos” da Petrobras

atualizado

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1 de 1 imagem colorida fachada petrobras - Metrópoles - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu uma “regra mais solta” para a distribuição de dividendos aos acionistas da companhia. Ele concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (2/3), no Rio de Janeiro.

A empresa divulgou, na quarta-feira (1º/3), seu relatório de desempenho financeiro do 4º trimestre de 2022, que apontou um lucro líquido de R$ 188,3 bilhões no ano passado, um recorde.

Em relação aos dividendos, a Petrobras aprovou o pagamento de R$ 35,8 bilhões, que serão distribuídos em duas parcelas de R$ 17,9 bilhões, em maio e junho deste ano.

Nesta semana, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o que chamou de “indecente distribuição de dividendos” da Petrobras.

“Dividendo tem que ter uma regra mais solta. Quanto mais flexível, melhor. Temos trimestres que são diferentes de outros. Uma regra como essa amarra para o bem e para o mal”, afirmou Prates, na coletiva desta tarde.

Reserva de dividendos

O Conselho de Administração sugeriu aos acionistas da Petrobras que analisem a criação de uma reserva estatutária, para reter um valor do dividendo de até R$ 0,49 por ativo. Se aprovada, a medida significará uma redução na distribuição do provento por ação, de R$ 2,74 para R$ 2,24.

Sobre a reserva de dividendos, Prates ressaltou que, por se tratar de uma reserva estatutária, ela deve ser usada para investimentos. Para isso, no entanto, é necessário um plano de investimento que precisa ser aprovado em assembleia.

“Ninguém pode ficar distribuindo 112% de dividendo todo ano e não pensar em uma reserva renovável”, afirmou Prates.

A próxima assembleia de acionistas da Petrobras foi marcada para o dia 27 de abril. “Podemos apresentar aos acionistas um plano de investimentos para o uso dessas reservas. E eles votam.”

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