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Mudança nos juros e resultado dos bancos derrubam a Bolsa na semana

Na semana, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, acumulou perdas de 0,4%, com preocupação sobre inflação e juros no radar

atualizado

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sexta-feira (10/2) estável, nos 108.078 pontos. Desde o início da semana, a Bolsa acumulou perda de 0,4%.

A semana foi marcada por novos ataques do presidente Lula ao chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto. Nas últimas semanas, Lula dedicou parte de seus discursos e entrevistas para atacar a política de juros do BC.

Para o chefe do executivo, a Selic em 13,75% ao ano é um entrave para o crescimento da economia. As falas mexeram com as perspectivas do mercado, uma vez que, caso o Banco Central comece a reduzir os juros antes de conduzir a inflação para a meta, o resultado provável no médio prazo será o da necessidade de aumentar a Selic no médio prazo novamente para controlar a alta dos preços.

O mal-estar piorou diante das notícias de que Campos Neto estaria avaliando propor um aumento da meta inflacionária, o que, na prática, significaria uma interferência (ainda que indireta) do governo sobre a política monetária. Ontem (9/2), a Bolsa recuou quase 2%, na esteira dessa informação, que foi divulgada inicialmente pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A perspectiva de juros mais altos no médio prazo continuou impactando as empresas de consumo e as que são mais expostas ao dólar. Assim como ontem, a empresa de aviação Azul ficou entre os piores desempenhos do Ibovespa, com queda de 7%.

O Bradesco, que reportou ontem seu segundo pior resultado trimestral da história, registrou desvalorização de 8% na Bolsa. Outra empresa que divulgou um resultado trimestral abaixo do esperado foi a Alpargatas, cujas ações recuaram 18% hoje.

Dólar

O dólar encerrou o dia em queda de 1%, aos R$ 5,22. Já no acumulado da semana, a moeda americana teve alta de 1,2%.

 

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