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MPF investiga se diretores da Americanas receberam informação privilegiada

O MPF-SP abriu um procedimento para apurar se diretores da Americanas tiveram informação privilegiada antes de vender R$ 223 mi em ações

atualizado

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Grávida que furtou produtos das Americanas por fome é solta após atuação da Defensoria
1 de 1 Grávida que furtou produtos das Americanas por fome é solta após atuação da Defensoria - Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal de São Paulo abriu um procedimento inicial para apurar se houve crime na venda de ações por diretores da Americanas.

Segundo dados levantados com exclusividade pelo Metrópoles, executivos da empresa venderam R$ 223 milhões em ações da varejista entre julho e outubro de 2022, meses antes de o rombo contábil de R$ 20 bilhões ser anunciado.

Na última quarta-feira (10/1), a empresa informou a existência de “inconsistências contábeis” em seus últimos balanços, fato que, se confirmado como fraude, será o mais grave caso do tipo já registrado no mercado brasileiro.

O MP informou que abriu um procedimento inicial nesta sexta-feira (13/1) para averiguar a possível prática de insider trading (uso de informação privilegiada) por executivos da Americanas. A partir das informações colhidas nessa etapa, um procurador do estado decidirá se um inquérito será instaurado. Não há prazo para que isso ocorra.

Questionado pelo Metrópoles, o MPF-SP não confirmou se o procedimento tem a ver com o processo, sob sigilo, aberto ontem (12/1) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para averiguar a possível prática de uso de informação privilegiada.

Uma fonte a par do assunto diz que possivelmente são duas apurações paralelas – uma na procuradoria e outra na CVM, autarquia que tem papel de fiscalizar e punir de forma administrativa agentes de mercado.

Nesse caso, o MP pode ter sido chamado à mesa por uma denúncia feita por outra parte, que não a CVM. Grupos de investidores têm se organizado para acionar a Americanas e os executivos da empresa na Justiça em busca de ressarcimento pelo prejuízo com a queda das ações da varejista na Bolsa de Valores.

Desde o anúncio do rombo de R$ 20 bilhões no balanço, as ações da Americanas acumulam queda de 73%. Cerca de 150 mil brasileiros compraram ações nos últimos anos, são sócios da empresa na Bolsa e amargam o prejuízo da queda dos papéis.

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