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Mercadante: “O Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”

Durante discurso de posse no BNDES, Aloizio Mercadante também defendeu mudanças na TLP, taxa de juros utilizada pelo banco nos empréstimos

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Aloizio Mercadante chega ao CCBB para reuniões do governo de transição. Ele olha de lado para a imprensa e sorri - Metrópoles
1 de 1 Aloizio Mercadante chega ao CCBB para reuniões do governo de transição. Ele olha de lado para a imprensa e sorri - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em seu discurso de posse como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nesta segunda-feira (6/2), no Rio de Janeiro, Aloizio Mercadante defendeu que a economia brasileira tenha atenção com o mercado de produtos industriais de alto valor agregado.

Segundo Mercadante, o banco de fomento deve priorizar as exportações em um projeto de desenvolvimento de longo prazo.

“O Brasil é um dos principais exportadores de produtos agrícolas, mas os produtos de alto valor agregado também são importantes. O Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”, afirmou o presidente do BNDES.

Para Mercadante, a exportação precisa ganhar escala no Brasil, facilitando a integração entre as cadeias globais de valor. Ele disse que o BNDES do futuro será “verde, inclusivo, digital, tecnológico e industrializante”.

“Para sermos competitivos, as empresas brasileiras precisam disputar esse mercado, ganhar escala, ganhar competitividade, ganhar eficiência. Essa é uma pauta fundamental para o futuro do BNDES, da indústria e do Brasil”, disse.

“O BNDES deve apoiar o pré-embarque e o pós-embarque das exportações de bens e produtos”, prosseguiu Mercadante. “Estamos desenvolvendo um projeto para a constituição de um Eximbank (agência de créditos oficial do governo dos EUA) no BNDES, a exemplo do que já existe nas principais economias do mundo.”

Na semana passada, após participar de uma reunião na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, Mercadante já havia adotado discurso semelhante e defendido a “reindustrialização” do país.

“A gente olha o PIB do país: a indústria chegou a corresponder a 27% do PIB e hoje é 11%, vem perdendo espaço. A agricultura brasileira é muito competitiva, o Brasil é um grande exportador de alimentos, mas temos que olhar para a indústria também. É ela que gera mais emprego qualificado, mais salário”, afirmou Mercadante, na ocasião.

Mudança na taxa de juros do BNDES

Durante o discurso de posse, Mercadante disse que pretende debater a TLP (Taxa de Longo Prazo), mas sem fazer com que o BNDES entre na competição “com o setor financeiro privado”.

A TLP é a taxa de juros utilizada pelo BNDES nos empréstimos concedidos. Sua principal finalidade é adequar os juros do crédito do BNDES aos juros normalmente praticados no mercado. A taxa passou a ser aplicada em todos os contratos firmados pelo BNDES a partir de 1º de janeiro de 2018.

“Debateremos o ajuste da TLP. Não queremos e não estamos reivindicando padrão de subsídios no orçamento, como ocorreu no passado, mas uma taxa de juros mais competitiva, sobretudo para micro, pequenas e médias empresas”, concluiu.

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