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Justiça intima Microsoft para que colete e-mails da Americanas

Decisão foi tomada nesta quarta-feira (14/2) pela 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo

atualizado

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1 de 1 imagem colorida fachada loja americanas - Foto: Divulgação

A Justiça mandou intimar nesta quarta-feira (14/2) a Microsoft, para que “inicie os procedimentos necessários para o devido cumprimento” da ordem de busca e apreensão de e-mails da cúpula das Americanas. O pedido de perícia das mensagens havia sido feito na semana passada pelo Bradesco, em processo movido pelo escritório Warde Advogados. Ao todo, serão analisados documentos eletrônicos de 42 executivos e conselheiros da varejista, nos últimos dez anos.

Na decisão desta quarta, a juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), determinou ainda que a perícia, a cargo da empresa Kroll, dê início imediatamente aos trabalhos. A Americanas tem cinco dias para se manifestar sobre a decisão.

Na lista preparada pelo Bradesco para a análise, constam 17 integrantes da diretoria e 25 do conselho de administração da companhia. A relação inclui nomes como o de Carlos Alberto Sicupira, chamado de Beto, um dos acionistas de referência da varejista, ao lado de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles. Paulo Alberto e Jorge Felipe Lemann, filhos de Jorge Paulo, também estão na lista.

Impasse

No dia 26 de janeiro, a Justiça paulista já havia autorizado a perícia, confirmada por liminar do TJSP. No dia 2 de fevereiro, contudo, o juiz Alexandre de Carvalho Mesquita, da 2ª Vara Empresarial, do Rio, decidiu que tal medida não cabia à vara paulista, uma vez que o processo de recuperação judicial da Americanas corre no Rio, local da sede da empresa. A análise dos documentos a partir dos servidores da Microsoft, que ficam em São Paulo, foi uma forma encontrada pelos advogados do Bradesco para evitar esse impasse.

A Americanas deve cerca de R$ 4,8 bilhões ao banco. No total, a dívida da varejista alcança R$ 47,9 bilhões. A crise da empresa teve início em 11 de janeiro, quando foi divulgada a existência de “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões nos balanços da companhia.

 

 

 

 

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