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IPCA: trégua da inflação de serviços é bom sinal, dizem analistas

Apesar da alta da inflação em julho, já esperada, especialistas ouvidos pelo Metrópoles destacam desaceleração da inflação de serviços

atualizado

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Marcos Santos/USP Imagens
Imagem colorida de calculadora e uma caneta sobre uma folha que exibe um gráfico com indicadores econômicos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de calculadora e uma caneta sobre uma folha que exibe um gráfico com indicadores econômicos - Metrópoles - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Apesar da alta já esperada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho, que ficou em 0,12% (depois de recuar 0,08% no mês anterior), economistas e analistas do mercado ouvidos pelo Metrópoles viram boas notícias no levantamento divulgado nesta sexta-feira (11/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Uma das maiores preocupações do Banco Central (BC), a inflação de serviços deu uma trégua, desacelerando de 0,62% para 0,25%. A inflação de serviços é usada como uma espécie de “termômetro” das pressões de demanda sobre os preços.

“Qualitativamente, algumas sinalizações indicam que a inflação apresentou uma composição saudável, com esse alívio sobre os preços de serviços, que vêm sendo a lupa do Banco Central”, afirma o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso.

Ele também destaca a “variação historicamente baixa da média dos núcleos (0,18%), que desconsideram do cálculo itens com maior volatilidade, e a redução do índice de dispersão (de 49,6% para 46,15%), que mede a proporção de itens com variação positiva no mês”.

“É importante destacar que a dinâmica dos preços mudou recentemente. Por um lado, o cenário de alimentos e câmbio auxiliando no processo desinflacionário perde relevância na desinflação. Por outro, os preços de bens seguem desacelerando e, agora, a leitura qualitativa dos núcleos, incluindo serviços, vem se mostrando mais positiva. Esse ponto, aliás, é mais relevante para a política monetária”, explica Caruso.

André Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital, também vê sinais positivos.

“O grande destaque, na minha visão, está em serviços subjacentes, que exclui itens mais voláteis como hotéis e passagens aéreas, que desacelerou bem, de 0,67% para 0,19%. Podemos perceber que, com essa desaceleração em serviços subjacentes, o mercado deve pressionar ainda mais a curva de juros futuros, provocando novas quedas, refletindo um desejo por cortes mais agressivos por parte do Copom”, afirma.

“A inflação de serviços subjacentes era uma das teclas nas quais o BC vinha batendo. Agora, nós vemos que, finalmente, o setor de serviços está, de fato, desacelerando, e isso é positivo”, prossegue Fernandes. “Pode indicar que, se continuar nessa tendência, o ritmo de corte de juros pode acelerar. Finalmente, o patamar de juros atual começou a ser refletido em serviços.”

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