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Haddad festeja S&P, mas cutuca BC: “Precisa se somar ao esforço”

Declaração foi feita quando o ministro da Fazenda comentou a revisão da perspectiva de risco do Brasil, anunciada pela agência S&P

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Imagem colorida do ministro Fernando Haddad
1 de 1 Imagem colorida do ministro Fernando Haddad - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (14/6) que a melhora da perspectiva de classificação de risco do governo brasileiro, anunciada pela S&P, representa um movimento para que o país retome o grau de investimento, perdido em 2015. Essa foi primeira avaliação positiva dada ao país pela agência desde 2019.

“Não tem cabimento este país não ter grau de investimento”, afirmou, em Brasília. “Um país do tamanho do Brasil, com reservas cambiais, credor internacional, inflação menor do que a Europa e os Estados Unidos. Agora, isso é um processo. Vem uma sinalização, depois, se aprovar reforma tributária, sobe um degrau, dali a pouco, mais um. É um processo. Mas é um absurdo não termos o grau de investimento.”

Haddad creditou a mudança da S&P a um avanço institucional do país. “É um passo importante, depois de quatro anos, ter uma sinalização dessas. Gostaria de compartilhar com o Congresso e o Judiciário as iniciativas que estão sendo tomadas na direção correta de arrumar as contas do Brasil e permitir que a gente possa avançar com geração de emprego e desenvolvimento”, disse. “Isso não é possível só a partir do Executivo.”

Haddad observou que o Brasil “precisa voltar a crescer”. “Não há alternativa”, afirmou. “A harmonia entre os poderes tem concorrido para esse resultado, ainda modesto, mas importante porque é uma mudança de viés.”

O ministro, porém, observou: “Falta o Banco Central se somar a esse esforço. Quero crer que estejamos prestes a ver isso acontecer”. Haddad acrescentou: “Eu acredito na harmonia entre as políticas fiscal e monetária. Tudo concorre para que ela aconteça mais rapidamente do que o previsto. Temos uma oportunidade de ouro de fazer uma diferença.”

Para o ministro, “cada declaração pública da autoridade monetária dá demonstrações de que ela está sensibilizada pelo clamor do empresariado, dos bancos, das agências de risco, de que é possível que essa harmonia seja ainda maior.”

Haddad acrescentou que, nos últimos dez anos, o país viveu um processo de degradação política. “A crise econômica foi de natureza política”, disse. “Houve desarmonia entre os poderes. Por isso insisto na questão institucional.”

O ministro da Fazenda tratou também do programa de incentivo à indústria automobilística. Ele afirmou que não há espaço fiscal para maiores descontos dos que os já oferecidos pelo governo.

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