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Dólar sobe com Lula e Americanas em foco; Bolsa opera em alta

Dólar terminou a sessão negociado a R$ 5,171, em alta de 0,16%; no fim da tarde, Ibovespa subia 0,62%, aos 112.924,62 pontos

atualizado

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1 de 1 Dinheiro, Economia, Bolsa de Valores, Real, aumento, Baixa, money, gráficos, divida, pago, bancopoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em um dia movimentado no mercado financeiro, o dólar encerrou esta quinta-feira (19/1) em leve alta, em meio à repercussão do pedido de recuperação judicial da Americanas e das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central (BC) e as metas de inflação.

A moeda americana terminou a sessão negociada a R$ 5,171, em alta de 0,16%.

Na cotação máxima do dia, o dólar chegou aos R$ 5,256. A mínima foi de R$ 5,164.

Na véspera, a moeda americana terminou o dia negociada a R$ 5,163. Com o resultado, o dólar acumula queda 3,27% em 2023.

Em entrevista à GloboNews, na noite de quarta-feira (18/1), Lula disse que a independência do Banco Central (BC) é “bobagem” e que a atual meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), atrapalha o crescimento da economia.

“Neste país, brigou-se muito para ter um Banco Central independente, achando que ia melhorar o quê? Eu posso te dizer, com a minha experiência, que é uma bobagem achar que o presidente do Banco Central independente vai fazer mais do que fez o Banco Central quando o presidente (da República) era quem indicava”, afirmou Lula.

Em fevereiro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.

Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assumirá sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o titular do Executivo federal só poderá efetuar troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2024.

Sobre a meta de inflação, Lula disse: “Você estabelecer uma meta de inflação de 3,7%, quando você faz isso, você é obrigado a arrochar mais a economia para poder atingir aqueles 3,7%. (…) O que nós precisamos neste instante é o seguinte: a economia brasileira precisa voltar a crescer”.

O centro da meta era de 3,5% no ano passado, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (5%) ou para baixo (2%). Para 2023, segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação é de 3,25% – e será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Ibovespa

Principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa abriu o pregão em queda, mas passou a operar em alta a partir do fim da manhã e assim se manteve durante praticamente toda a tarde.

Às 16h45, o indicador subia 0,62%, aos 112.924,62 pontos.

A cotação máxima do dia até aqui é de 113 mil pontos. A mínima, de 111,3 mil. O volume negociado no pregão até o momento é de R$ 23,2 bilhões.

Analistas ouvidos pela reportagem do Metrópoles afirmaram que o mercado recebeu mal a fala de Lula, mas minimizaram o impacto prático do que disse o presidente. Segundo economistas, o petista quis mandar um recado ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, deixando claro que o novo governo considera muito alta a taxa básica de juros da economia (Selic), hoje em 13,75% ao ano, o que não significa que a autonomia do BC ou o regime de metas fiscais estejam ameaçados.

“Para o mercado, em um primeiro momento, é muito ruim. Gera temor de que possa ser um governo altamente populista que mexeria nos pilares da economia. Mas temos que sair um pouco deste momento de calor e olhar pelo lado político. A discussão ali é muito mais para colocar pressão na discussão sobre a redução da taxa de juros”, explica Hugo Queiroz, estrategista-chefe e diretor do TC.

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