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CNI manifesta apoio a Josué Gomes da Silva na presidência da Fiesp

Texto é assinado pelo presidente da CNI, Robson de Andrade; entidade afirma que “defende e acredita no processo democrático de escolhas”

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1 de 1 Imagem colorida de Josué Gomes da Silva - Foto: Reprodução

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma carta nesta segunda-feira (23/1) na qual manifesta apoio à permanência do empresário Josué Gomes da Silva na presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

No texto, assinado pelo presidente da CNI, Robson de Andrade, a entidade afirma que “defende e acredita no processo democrático de escolhas de seus líderes para a condução das entidades sindicais patronais”.

“A CNI respeita o Estado Democrático de Direito e os processos legais de escolhas de presidentes e de líderes para cumprir, pelo voto, a vontade da maioria”, diz a nota.

“A CNI reconhece que o empresário Josué Gomes da Silva, presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), tem papel estratégico na condução dessa agenda positiva”, continua Andrade, no documento. “Ele (Josué) tem toda a capacidade, além do respeito e do reconhecimento de seus pares, para trabalhar e elevar o potencial das indústrias paulistas e do Brasil ao patamar desejável para o crescimento e para o desenvolvimento do país.”

Como noticiado pelo Metrópoles no fim da semana passada, o grupo de oposição a Josué emitiu um comunicado informando que Elias Miguel Haddad, um dos vice-presidentes da Fiesp, havia assumido a presidência interina da instituição.

Horas depois, Josué divulgou uma nota na qual afirma que recebeu a notícia da posse interina “com absoluta surpresa”. O empresário define a atitude de Elias Miguel Haddad como “isolada, desproporcional e irresponsável”, que pode provocar “riscos econômicos, jurídicos e trabalhistas” para a entidade.

Alvo de pequenos sindicatos patronais ligados ao ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, Josué Gomes da Silva já havia recebido o apoio de nomes de peso da economia brasileira, como o ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga e a banqueira Neca Setubal.

Neste fim de semana, Josué também recebeu apoio do apresentador de TV Luciano Huck, do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, do ator Antonio Fagundes e de outros integrantes do conselho superior de economia criativa da instituição.

Em assembleia realizada na Fiesp no dia 16 de janeiro, os sindicatos aprovaram, com 47 votos favoráveis, duas abstenções e apenas um contrário, a destituição de Josué da presidência da entidade. Antes do placar final, os sindicatos votaram, por 62 a 24, pela reprovação dos argumentos do empresário aos questionamentos sobre sua atuação na presidência da Fiesp.

Em entrevista ao Metrópoles, o jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, advogado de Josué, classificou a assembleia como “clandestina” e disse que ele deve ser anulada na Justiça.

Leia a íntegra da carta da CNI em apoio a Josué Gomes da Silva

“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende e acredita no processo democrático de escolhas de seus líderes para a condução das entidades sindicais patronais.

Como já manifestado em posicionamentos anteriores, a CNI respeita o Estado Democrático de Direito e os processos legais de escolhas de presidentes e de líderes para cumprir, pelo voto, a vontade da maioria.

A indústria nacional tem pressa na reindustrialização do Brasil. O setor apresentou ao atual governo um Plano de Retomada. São os seus representantes que vão liderar – com os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo; e com a sociedade – ações para que o país cresça de maneira sustentável. Só assim, dando importância ao papel da indústria, caminharemos para uma sociedade mais econômica e socialmente justa.

A CNI reconhece que o empresário Josué Gomes da Silva, presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), tem papel estratégico na condução dessa agenda positiva. Ele tem toda a capacidade, além do respeito e do reconhecimento de seus pares, para trabalhar e elevar o potencial das indústrias paulistas e do Brasil ao patamar desejável para o crescimento e para o desenvolvimento do país.”

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