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China tem inflação zero em setembro; preços ao produtor recuam

O resultado da inflação no mês passado foi influenciado por uma queda acentuada nos preços da carne suína (-22%) e dos vegetais (-6,4%)

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Fotografia de uma bandeira da China - Metrópoles
1 de 1 Fotografia de uma bandeira da China - Metrópoles - Foto: Russell Monk/Getty Images

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China permaneceu estável (0%) em setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13/10) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) do país.

O resultado do mês passado foi influenciado por uma queda acentuada nos preços da carne suína (-22%) e dos vegetais (-6,4%). O segmento de alimentos registrou um recuo de 3,2% na base anual.

Já os preços dos produtos não alimentícios tiveram alta de 0,7% em relação a setembro de 2022.

O núcleo de inflação da China, que exclui a variação de preços de alimentos e energia, teve alta de 0,8% na comparação anual.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI) da China, outro dado monitorado com atenção pelo mercado, recuou 2,5% em relação a setembro do ano passado. Em agosto, a queda havia sido de 3%.

Estímulo à economia

Nos últimos meses, a China tem adotado uma série de medidas para impulsionar a atividade econômica, em meio a uma forte desaceleração.

Em setembro, o Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês) anunciou a manutenção da taxa de juros de referência para empréstimos de 1 ano em 3,45%.

A autoridade monetária chinesa informou ainda que a taxa para empréstimos de 5 anos foi mantida em 4,2%. Trata-se da taxa de referência para os custos do mercado imobiliário, que enfrenta uma forte crise.

Em agosto, o BC da China havia reduzido os juros de referência em 0,1 ponto percentual, de 3,55% para 3,45%, e mantido a taxa de 5 anos em 4,2%.

A autoridade monetária também informou que cortará o índice de compulsório para bancos e instituições financeiras em 0,25 ponto percentual.

A medida tem o objetivo de liberar mais liquidez para o sistema financeiro do país asiático, que enfrenta um momento de desaquecimento da economia.

O compulsório dos bancos é a parcela de dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas a manter depositada no BC.

China desacelera

A China tem sofrido com uma forte desaceleração econômica, em meio à crise do mercado imobiliáriodesemprego recorde entre os jovens e uma demanda fraca por bens e serviços, que desaqueceu o mercado. Em julho, o país registrou sua primeira deflação desde fevereiro de 2021, como reflexo da diminuição generalizada do consumo.

No fim de setembro, Pequim teve algumas notícias auspiciosas. Setores como indústria, varejo e serviços tiveram índices positivos em agosto, o que pode ser o início de uma reação. A venda de imóveis, contudo, recuou 1,5% nos oito primeiros meses do ano, agravando a situação do já combalido mercado imobiliário local.

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