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Campos Neto recua sobre apps de bancos: “Nenhum será prejudicado”

Roberto Campos Neto, presidente do BC, diz que foi mal interpretado ao falar sobre suposto fim dos aplicativos dos bancos nos próximos anos

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Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, segurando um microfone e recebendo um prêmio - Metrópoles
1 de 1 Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, segurando um microfone e recebendo um prêmio - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (7/12) que foi mal interpretado ao falar sobre o suposto fim dos aplicativos dos bancos nos próximos anos, diante do avanço do Open Finance.

O Open Finance é o sistema por meio do qual clientes de produtos e serviços financeiros podem permitir o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC. Trata-se de uma versão mais abrangente do Open Banking, lançado em fevereiro de 2021.

O novo modelo inclui não apenas informações sobre produtos e serviços financeiros mais tradicionais (como contas ou operações de crédito), mas também dados de produtos e serviços de câmbio, credenciamento, investimentos, seguro e previdência.

Qualquer pessoa que adere ao Open Finance pode, por exemplo, usar as informações financeiras que possui em determinado banco para contratar seguros ou planos de previdência de outras instituições que oferecerem condições mais vantajosas. Também pode ter acesso a opções diferenciadas de investimentos.

Campos Neto participou, nesta manhã, de um evento sobre o Drex – a futura moeda digital do Brasil – promovido pelo BC.

“Outro dia dei uma declaração que criou um ruído. Eu não quis dizer que algum banco seria prejudicado. Nenhum será prejudicado. O que eu quis dizer é que, se você tem quatro ou cinco contas em bancos (diferentes), não faz sentido, em termos de comparabilidade e portabilidade, ter quatro ou cinco canais de entrada”, afirmou Campos Neto.

“Você vai puxar seus dados e escolher um lugar para comparar dados e produtos. Agora os bancos começam a competir por canal e principalidade (ser a preferência do usuário)”, completou o chefe da autoridade monetária.

Em um evento recente realizado em Chicago (EUA), Campos Neto havia afirmado que, em um período de até dois anos, provavelmente não haveria mais aplicativos de bancos – mas um agregador que integraria “tudo nas suas contas” por meio do Open Finance.

“Em até um ano e meio, dois anos, não terá mais app de Bradesco, Itaú… Será um app agregador que, pelo Open Finance, vai dar acesso a todas as contas”, afirmou Campos Neto, na ocasião.

O presidente do BC reconheceu, nesta quinta, que as declarações foram mal recebidas por “alguns atores” do mercado.

“No Open Finance, estamos longe do ideal em termos de homogeneidade de dados, mas caminhamos para um marketplace de serviços financeiros”, disse Campos Neto. “Se você tem quatro ou cinco contas de banco, não faz sentido ter quatro canais de entrada. Surge a ideia dos marketplaces.”

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