Bitcoin supera US$ 31 mil e atinge maior valor em 13 meses
Em entrevista, o CEO da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, Larry Fink, afirmou que o bitcoin equivale ao “ouro digital”
atualizado
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O bitcoin, principal criptomoeda do mundo, atingiu seu maior valor em 13 meses, superando US$ 31,4 mil (cerca de R$ 152,5 mil) na manhã desta quinta-feira (6/7).
Por volta das 6 horas (pelo horário de Brasília) o criptoativo bateu em US$ 31.479, maior preço desde maio do ano passado. Até então, o maior patamar alcançado pelo bitcoin neste ano havia sido registrado no dia 23 de junho (US$ 31.410).
Depois de renovar sua máxima em 2023, a moeda digital era negociada a US$ 31.136 por volta das 8 horas.
O novo recorde do bitcoin em mais de um ano acontece um dia depois de o CEO da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, Larry Fink, ter afirmado que a criptomoeda equivaleria ao “ouro digital”. As declarações foram dadas em entrevista à Fox Business, na quarta-feira (5/6).
Em junho, a BlackRock apresentou à SEC (Securities and Exchange Commission, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) um pedido para lançar um ETF (Exchange Traded Fund, um fundo negociado em bolsa) que teria como referência o bitcoin.
Até o momento, a agência regulatória americana não aprovou a solicitação.
Valorização do bitcoin e o fim do “inverno cripto”
Reportagem publicada pelo Metrópoles nesta semana mostrou que o bitcoin encerrou a primeira metade de 2023 registrando uma valorização de 85% entre o início de janeiro e o fim de junho. Foi o melhor desempenho do criptoativo em um semestre nos últimos quatro anos.
Nos últimos seis meses, o bitcoin saltou de cerca de US$ 16 mil para US$ 30 mil (R$ 143,6 mil). Trata-se de uma marca ainda distante do recorde histórico de US$ 69 mil, alcançado em novembro de 2021, mas suficiente para deixar para trás o chamado “inverno cripto” – período em que as cotações de criptomoedas caem de forma expressiva, levando a perdas generalizadas de investidores que possuem esses ativos em carteira, como ocorreu no segundo semestre do ano passado.
“Dá para dizer que o ‘inverno cripto’ de 2022 acabou. Depois de subir 85% em seis meses, é difícil falar o contrário. Pode até haver uma correção no futuro próximo, mas passaremos por um ‘outono cripto’, na pior das hipóteses”, afirma Isac Costa, professor do Ibmec e especialista em criptoativos, em entrevista ao Metrópoles.