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Bitcoin acelera alta e volta a mirar US$ 25 mil

Nas últimas 24 horas, a criptomoeda acumula alta de 10,5%; investidores demonstram otimismo com possível afrouxamento do aperto monetário

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1 de 1 imagem colorida ilustrativa bitcoins - Metrópoles - Foto: Leafedge/Getty Images

Depois de registrar seu melhor dia em 2023 na segunda-feira (13/3), com alta de mais de 20%, o bitcoin segue em disparada nesta terça-feira (14/3), já voltando a mirar o patamar de US$ 25 mil (cerca de R$ 130,9 mil).

Acompanhando as negociações de pré-mercado nos Estados Unidos, com os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operando em alta, o bitcoin era negociado a US$ 24,5 mil (R$ 125,7 mil) pouco depois das 8 horas (pelo horário de Brasília).

Nas últimas 24 horas, a criptomoeda acumula alta de 10,5%.

Outros criptoativos também operam em alta, como o Ethereum (5,8%) e a chinesa Conflux (32%).

Investidores demonstram otimismo em relação à desaceleração da taxa de juros da economia americana, principalmente diante da crise que levou à falência do Silicon Valley Bank (SVB) e ao fechamento do Signature Bank. Dados de inflação nos EUA serão divulgados nesta terça.

Como o Metrópoles mostrou, o Signature contava com dezenas de empresas do segmento cripto em sua carteira. Até o dia 8 de março deste ano, a instituição financeira somava US$ 16,5 bilhões (R$ 86,4 bilhões) em depósitos de clientes relacionados a criptoativos.

Apesar do potencial risco ao mercado cripto, as principais moedas digitais até agora não foram afetadas pelo colapso do banco. Ao contrário: seguem em disparada desde o início da semana, com a expectativa por uma diminuição do aperto monetário nos EUA.

O movimento acompanha ações e outros ativos considerados de maior risco, que também sobem à medida que investidores aumentam sua confiança nas perspectivas econômicas e afastam preocupações sobre possíveis interferências regulatórias no setor.

Como noticiado pelo Metrópoles, o bitcoin registrou, em janeiro de 2023, seu melhor resultado para o mês em uma década, desde 2013. A alta no primeiro mês do ano foi de mais de 39%.

Há 10 anos, em janeiro de 2013, o crescimento foi de 54,5%. Janeiro de 2023 também foi o melhor mês do bitcoin desde outubro de 2021, quando houve alta de 40%.

Por que o bitcoin sobe

As criptomoedas, em geral, são consideradas ativos de maior risco do que investimentos em renda fixa, o que oferece oportunidade de maior retorno.

Projeções apontam que parte dos investidores destinam algo entre 1% e 10% de seu patrimônio para esses ativos de maior risco. Quando há perspectiva de juros mais baixos, os criptoativos se tornam mais atraentes. Afinal, juros mais baixos diminuem a rentabilidade da renda fixa, o que anima os investidores a serem mais arrojados.

A forte volatilidade no mercado, uma característica das criptomoedas, também explica a ascensão do bitcoin neste momento. Após períodos de grandes perdas, como ocorreu no fim do ano passado, a tendência é que esses ativos passem por ondas de forte valorização.

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