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Associação de bancos projeta queda de 0,5 p.p. na Selic em agosto

Associação Brasileira de Bancos avalia haver “plenas condições” para corte mais amplo na Selic; consenso do mercado vê queda de 0,25 ponto

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1 de 1 Imagem do Banco Central do Brasil BACEN - Copom - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) passou a projetar queda de 0,50 ponto percentual (p.p.) na taxa básica de juros já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O Copom se reúne nos próximos dias 1º e 2 de agosto para definir a Selic, hoje em 13,75%, maior patamar desde 2016. Há ampla expectativa entre o governo e agentes de mercado de que o comitê inicie um ciclo de cortes na próxima reunião.

O consenso do mercado é de que haja um corte inicial de 0,25 p.p., levando a Selic a 13,50%, segundo as projeções no boletim Focus desta semana. Mas tanto uma manutenção da Selic quanto um corte maior, como de 0,50 p.p., não estão descartados.

A ABBC disse, em nota, acreditar que “há plenas condições para o início da flexibilização monetária” e um corte inicial acima do consenso.

“A decisão estaria alinhada ao balanço de riscos favorável, ao consistente processo de desinflação e à queda das expectativas, e ajudaria a reduzir o grau de aperto monetário”, diz a nota da associação.

Fundada em 1983, a ABBC reúne mais de 100 instituições associadas, entre bancos, cooperativas de crédito e fintechs.

Os técnicos da ABBC citam ainda o cenário de pressões inflacionárias mais favorável, com queda nos preços das commodities. Também apontam o impacto da manutenção da meta de inflação em 3% pelo Conselho Monetário Nacional, ajudando a reancorar expectativas, e a percepção de um cenário fiscal mais “benigno” com a revisão da nota brasileira por agências de risco.

Nesta semana, as agências internacionais Fitch e a DBRS elevaram a nota de crédito brasileira. Em junho, a S&P também havia mudado a perspectiva da nota de “estável” para “positiva”, o que não ocorria desde 2019.

A taxa real de juros, hoje em torno de 7%, também é citada na nota da ABBC. O patamar, que faz do Brasil o país com maior juro real do mundo, tem sido criticado por membros do governo desde o início do ano.

“Há tempos, a taxa real de juros ex-ante, calculada com base na taxa prefixada do swap de 360 dias e nas expectativas inflacionárias para os próximos 12 meses, tem oscilado em torno de 7,0% a.a., patamar muito acima dos 4,5% a.a. que é considerado como neutro pelo Banco Central”, diz a ABBC.

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