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Arrecadação de impostos bate recorde e soma R$ 2 trilhões em 2022

Total atingiu R$ 172 bilhões no mês passado, com alta de 3,25% sobre novembro de 2021. Na comparação com outubro, houve queda real de 16,62%

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Parte externa da Receita Federal - Metrópoles
1 de 1 Parte externa da Receita Federal - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 172,038 bilhões em novembro. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 3,25% na comparação com novembro do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 157,304 bilhões. Alguns analistas de mercado, no entanto, projetavam para esse mês um valor acima de R$183 bilhões.

Ainda assim, o montante arrecadado foi o maior para meses de novembro desde 2013, quando somou R$ 191,494 bilhões, em números corrigidos pelo IPCA. Em relação a outubro deste ano, cujo total ficou em R$ 205,5 bilhões, houve queda real de 16,62%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21/12) pela Receita Federal.

No acumulado do ano, a arrecadação registrada entre janeiro e novembro, o indicador atingiu R$ 2,033 trilhões, o maior patamar de toda a série histórica, iniciada em 2007. Sem a correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 9,34% em novembro contra o mesmo mês do ano passado, quando somou R$ 157,340 bilhões. O aumento foi resultado, principalmente, do avanço da inflação e da taxa de juros, além do crescimento da economia.

Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve elevação real de 2,53% em novembro, somando R$ 165,641 bilhões, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano, as receitas administradas somaram R$ 1,882 trilhão, acréscimo real de 7,16 % e alta nominal de 17,40%.

Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 6,397 bilhões no mês passado, aumento real de 25,99% na comparação com novembro de 2021. Em termos nominais, essas receitas subiram 33,42% em novembro em relação ao mesmo mês do ano passado.

No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 126,330 bilhões, o que corresponde a aumento real de 41,15% contra o mesmo período de 2021.

Houve crescimento real de 15,16% da arrecadação do IRPJ/CSLL (a CSLL é um complemento da tributação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, o IRPJ) em novembro, com destaque para a arrecadação da estimativa mensal aumentou 19,27%. Também houve alta real de 59,88% na arrecadação do IRRF cobre Capital, em razão da apreciação da taxa Selic.

As reduções de alíquotas do IPI, além do PIS/Cofins e CIDE sobre combustíveis, diminuíram o recolhimento nessas fontes. As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 107,334 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, valor bem maior do que em no mesmo período de 2021, quando ficaram em R$ 65,950 bilhões. Apenas no mês passado, as desonerações totalizaram R$ 11,742 bilhões, mais que o dobro do registrado em novembro do ano passado (R$ 5,634 bilhões).

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