Austin Rating muda perspectiva de nota do Brasil para “positiva”
A Austin Rating, agência brasileira, mudou sua perspectiva da nota de crédito do país. Também nesta semana, DBRS e Fitch elevaram notas
atualizado
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A Austin Rating, agência brasileira de classificação de risco, aumentou de “estável” para “positiva” a perspectiva da nota de crédito do Brasil em moeda local. A movimentação foi anunciada nesta sexta-feira (28/7).
O chamado “rating soberano” do país, em moeda local, continua em BB+, agora com perspectiva positiva.
Já para moeda estrangeira, a Austin manteve a perspectiva como “estável” e o rating também em BB+.
Para o economista-chefe da Austin, Alex Agostini, o Brasil está “a um degrau” de voltar a ter grau de investimento, perdido em 2014 e 2015 nas principais agências. Por ora, a nota do Brasil lhe confere apenas “grau especulativo” nas maiores casas.
“É uma questão de tempo para que os fundamentos da política monetária, equilíbrio fiscal e a retomada da confiança do consumidor e indústria se consolidem para essa conquista”, disse Agostini em nota.
A Austin é uma agência de rating nacional, com 37 anos de mercado. No exterior, as principais agências também alteraram a perspectiva ou a nota do Brasil neste ano.
Mais cedo nesta sexta-feira, a DBRS Morningstar, quarta maior agência de rating, elevou a nota de BB- para BB. Dias antes, a Fitch, entre as três maiores do setor, fez o mesmo movimento. Já a Standard & Poor’s mudou a perspectiva da nota do Brasil de “estável” para “positiva” em junho.
O que é uma agência de risco
As agências de classificação de risco são empresas privadas que avaliam a saúde financeira de países e, inclusive, de outras empresas. Com base em critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros, as agências concedem uma nota de crédito (o chamado rating).
“As notas das agências de alguma forma refletem a capacidade tanto das empresas no crédito corporativo quanto dos países de honrarem o compromisso financeiro com seus credores”, afirmou Raphael Moses, professor do Coppead, escola de negócios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em entrevista ao Metrópoles, em junho. “Teoricamente, quanto maior a nota, menor a probabilidade de o devedor dar calote ou ficar inadimplente.”