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A Americanas e os pequenos credores que não seriam pequenos

Levantamento de bancos mostra que grandes escritórios de advocacia estão entre “trabalhadores” com cifra milionária a receber da Americanas

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fachada da loja Americanas em brasília após empresa ter um rombo e dívida de R$ 43 bilhões4
1 de 1 Fachada da loja Americanas em brasília após empresa ter um rombo e dívida de R$ 43 bilhões4 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A nova frente de embates entre a Lojas Americanas e os grandes bancos credores é sobre R$ 192,4 milhões em dívidas que a varejista declara ter com pequenos fornecedores e trabalhadores. Uma investigação feita pelos bancos, a cujo teor o Metrópoles teve acesso com exclusividade, mostra que 26 credores desse grupo não são pequenos. Juntos, os seus créditos somam R$ 75 milhões.

A maior dívida da Americanas com o que seria o grupo definido como de “trabalhadores” é com um espólio ao qual a empresa deve R$ 15,3 milhões. O segundo maior débito, com outro “trabalhador”, é com o Emsenhuber, Abe e Advogados Associados, que cobra R$ 9,9 milhões da varejista. Na sequência, vem o escritório Tozzini Freire Teixeira Silva Advogados, ao qual a Americanas deve R$ 6,1 milhões.

Ao todo, nove escritórios de advocacia estão entre os credores que têm mais de R$ 1 milhão a receber da companhia. Juntas, essas bancas têm pendências que somam R$ 29,2 milhões.

A investigação feita pelos bancos mostra ainda que outras duas grandes dívidas da Americanas classificadas como “trabalhadores” são com dois sindicatos. O primeiro é o Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado do Espírito Santo e o segundo é o Sindicato dos Empregados no Comércio de Guarulhos. Cada um deles cobra mais de R$ 4,2 milhões da companhia.

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