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Zelensky: uso de crematórios por russos em combate é o “fim do mundo”

“Não quero que as mães russas não saibam onde seus filhos morreram e onde foram cremados”, lamentou o presidente ucraniano

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Presidency of Ukraine/Handout/Anadolu Agency via Getty Images
Volodymyr Zelenskyy presidente da Ucrânia
1 de 1 Volodymyr Zelenskyy presidente da Ucrânia - Foto: Presidency of Ukraine/Handout/Anadolu Agency via Getty Images

Em uma conversa com jornalistas em Kiev, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se comoveu ao comentar o uso de crematórios pelo Exército russo durante os conflitos.

Na entrevista, gravada por um pool de imprensa internacional e transmitida nesta quinta-feira (3/3), Zelensky contou que as tropas estão cremando soldados russos que morrem nos confrontos.

“Me envergonho que em 2022 vejamos atos nos quais as pessoas esquecem apocalipses e o fim do mundo. Esquecem. As ações russas são o fim do mundo. Os russos trouxeram crematórios. Eles estão carregando isso para si próprios”, comentou.

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Ele fez um desabafo emocionante. “Não quero que as mães russas não saibam onde seus filhos morreram e onde foram cremados. Você não pode mantar pessoas para a guerra e pode não ter nenhum sentimento pela morte delas”, frisou.

Zelensky afirmou que está preocupado com a guerra, que teme pela própria vida e que tem dormido no máximo três horas por noite. A Ucrânia vive o oitavo dia bombardeios. “O mundo demorou para ajudar a Ucrânia, mas apoio dá força”, ponderou.

E acrescentou: “A questão é que somos o muro entre os russos e a civilização. Estamos defendendo o nosso país. Não estamos tirando nada de ninguém. Tenho medo da Ucrânia não existir mais”, salientou.

A entrevista foi concedida horas após o presidente russo, Vladimir Putin, fazer novas ameaças. Em declarações que elevam a crise no Leste Europeu,  Putin radicalizou e garantiu que as tropas da Rússia devem continuar os combates. A Ucrânia vive oitavo dia de guerra.

Nesta quinta-feira, em pronunciamento transmitido do Kremlin, sede do governo russo, Putin alertou: “Os objetivos da operação da Rússia na Ucrânia serão alcançados em qualquer caso”, afirmou a integrantes do governo.

Na prática, Putin quer a desmilitarização do país, isso envolve a posse de armas nucleares, e a adoção de um status neutro sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Putin ordenou que as tropas intensifiquem os bombardeios. Os ataques têm causado cada vez mais mortes e atingido grandes centro habitados.

Ataques e negociação

Os novos ataques do Exército acontecem a poucas horas de nova rodada de negociações entre Ucrânia e Rússia para eventual cessar-fogo e retirada das tropas russas. A conversa ocorrerá em Brest, em Belarus.

Na noite dessa quarta-feira, o Ministério da Defesa ucraniano informou a morte de seis pessoas, entre elas duas crianças. O ataque a Izium, na região de Kharkiv, teria começado às 23h59 (horário da Ucrânia).

Além de Kiev, capital ucraniana e coração do governo, Chemihiv, Ivankiv, Zhytomyr, Lviv, Chemowitz, Kherson, Odessa, Mykolaiv, Kamianske, Dnipro, Kharkiv, Mariupol, Belgorod, Boryspil e Chernobyl estão sob a mira dos russos.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

Segundo os serviços de saúde ucraniano, só em Kharkiv pelo menos 34 civis morreram nas últimas 24 horas.

Os russos sitiaram Kiev, capital ucraniana e centro do governo nacional. O Exército diz ter dominado Kherson durante a madrugada dessa quarta-feira. Um único ataque matou 21 pessoas em Kharkiv.

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