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União Europeia diz que ataques russos são os maiores desde a 2ª Guerra

Países europeus prometem enviar à Ucrânia ajuda humanitária, militar e financeira. Bloco condena ataques e garante “responsabilização”

atualizado

Sergei MalgavkoTASS via Getty Images
Tanque russo atravessa cidade na Crimeia, área de conflito entre Rússia e Ucrânia. Ao fundo, é possível ver névoa e uma cidade deserta - Metrópoles

Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia condenaram os ataques russos à Ucrânia. As instituições consideraram o bombardeio o maior desde a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

Nesta quinta-feira (24/2), horas após o início dos bombardeios, chefes da Otan e da União Europeia se reuniram para discutir a crise. As entidades voltaram a defender a “liberdade, a democracia e a paz”. Além disso, prometeram retaliações.

Em pronunciamento, transmitido ao vivo de Bruxelas, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou que o bombardeio é “tolo” e que essa é uma violação internacional inadmissível por parte do presidente russo, Vladimir Putin.

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“É um ataque contra seres humanos. A União Europeia e seus aliados condenam a Rússia. Continuaremos a enviar ajuda humanitária, financeira e militar para a Ucrânia”, frisou.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que o bloco prepara um novo pacote de sanções econômicas contra a Rússia. A ideia inicial é dificultar o acesso do país a capitais financeiros estrangeiros e restringir a indústria de tecnologia.

“Putin ordenou ações artroses contra um país soberano, um povo inocente. O que está em jogo é a ordem. Putin traz a guerra de volta à Europa. O povo russo não quer essa guerra”.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Porém, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, afirmou enfaticamente que essa decisão deve ser da Ucrânia e que Putin não tem o direito de interferir.

“Todas as nações têm o direito de escolherem o seu próprio caminho. É a Ucrânia que decide se quer ingressar na Otan e os nossos 30 aliados se aprovam”, iniciou.

Stoltenberg emendou. “Isso não é uma justificativa para a Rússia ocupar o país. A Rússia não pode interferir, usar a força, para mudar isso”, finalizou.

Os ataques

Na Ucrânia, há registros de ataques vindos da Bielorrússia e Crimeia, região anexada pela Rússia. Militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia.

Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ofensiva russa na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”.

Na manhã desta quinta, uma segunda onda de mísseis teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques.






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