União Europeia diz que ataques russos são os maiores desde a 2ª Guerra
Países europeus prometem enviar à Ucrânia ajuda humanitária, militar e financeira. Bloco condena ataques e garante “responsabilização”
atualizado

Líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia condenaram os ataques russos à Ucrânia. As instituições consideraram o bombardeio o maior desde a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
Nesta quinta-feira (24/2), horas após o início dos bombardeios, chefes da Otan e da União Europeia se reuniram para discutir a crise. As entidades voltaram a defender a “liberdade, a democracia e a paz”. Além disso, prometeram retaliações.
Em pronunciamento, transmitido ao vivo de Bruxelas, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou que o bombardeio é “tolo” e que essa é uma violação internacional inadmissível por parte do presidente russo, Vladimir Putin.

Ataque com mísseis Pierre Crom/Getty Images

Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia Stringer/Agência Anadolu via Getty Images

Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk Sergei MalgavkoTASS via Getty Images

Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque Pierre Crom/Getty Images

BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022 Dursun Aydemir/Agência Anadolu via Getty Images

Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens Omar Marques/Getty Images

24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à Ucrânia Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images

Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feira Mikhail Svetlov/Getty Images

CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk Sergei MalgavkoTASS via Getty Images

Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia Pierre Crom/Getty Images

Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images

Embaixada da Ucrânia em Brasília Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em Brasília Rafaela Felicciano/Metrópoles

Embaixada da Rússia em Brasília Rafaela Felicciano/Metrópoles

Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia Rafaela Felicciano/Metrópoles
“É um ataque contra seres humanos. A União Europeia e seus aliados condenam a Rússia. Continuaremos a enviar ajuda humanitária, financeira e militar para a Ucrânia”, frisou.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que o bloco prepara um novo pacote de sanções econômicas contra a Rússia. A ideia inicial é dificultar o acesso do país a capitais financeiros estrangeiros e restringir a indústria de tecnologia.
“Putin ordenou ações artroses contra um país soberano, um povo inocente. O que está em jogo é a ordem. Putin traz a guerra de volta à Europa. O povo russo não quer essa guerra”.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Porém, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, afirmou enfaticamente que essa decisão deve ser da Ucrânia e que Putin não tem o direito de interferir.
“Todas as nações têm o direito de escolherem o seu próprio caminho. É a Ucrânia que decide se quer ingressar na Otan e os nossos 30 aliados se aprovam”, iniciou.
Stoltenberg emendou. “Isso não é uma justificativa para a Rússia ocupar o país. A Rússia não pode interferir, usar a força, para mudar isso”, finalizou.
Os ataques
Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ofensiva russa na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”.
Na manhã desta quinta, uma segunda onda de mísseis teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques.