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Putin ameaça: “Quem tentar interferir, a resposta será imediata”

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, no início da madrugada desta quinta-feira (24/2), o início das operações na Ucrânia

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Vladimir putin
1 de 1 Vladimir putin - Foto: Reprodução/Casa Branca

Vladimir Putin, presidente russo, alertou para que nenhum outro país interfira na ação do país na região separatista na Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”.

Putin fez a declaração no início da madrugada desta quinta-feira (24/2), horário de Brasília. Foi quando tiveram início as operações militares no leste da Ucrânia. Nas palavras do líder russo, a ação era necessária para proteger os civis.

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Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque
Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia
Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
Ataque com mísseis
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Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia

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Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque

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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia

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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

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Ataque com mísseis

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Ataques foram registrados em cidades de todo o país, segundo os primeiros relatos. O governo ucraniano afirma que a invasão não se resume às regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas pela Rússia na segunda-feira (22/2).

O presidente russo foi além do alerta: “Toda responsabilidade será do regime da Ucrânia. Todas as decisões já foram tomadas. A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos.”

Pelo Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, se manifestou. “Putin acaba de lançar uma invasão em grande escala da Ucrânia. Cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá.”

Por volta das 7h em Kiev (2h em horário de Brasília), as sirenes da capital começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta para a população de um possível ataque aéreo. O aeroporto da cidade foi esvaziado e teve os voos suspensos.

Poucas horas depois, sinais de contra-ataque começaram a surgir e a imprensa internacional noticia possível reação ucraniana contra a operação militar liderada por Vladimir Putin.

Segundo a agência de notícias Reuters, militares da Ucrânia afirmaram ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia. O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou, por meio das redes sociais, a ação. Já a Rússia, por meio da agência de notícias RIA, negou a informação.

Início dos ataques

Em discurso televisionado, Putin disse que a ação é resposta a ameaças vindas da Ucrânia, o que ele chamou de “intolerável”. Ele acrescentou, ainda, que a Rússia não tem o objetivo de ocupar a Ucrânia, mas responsabilizou o país vizinho por qualquer possível “derramamento de sangue”.

“Simplesmente não nos deram outra opção para defender a Rússia e o nosso povo além daquela que usaremos hoje”, disse, sem precisar a magnitude da operação.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Putin também pediu aos soldados ucranianos que deponham as armas. “A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos”, discursou.

Os Estados Unidos reagiram à notícia imediatamente e afirmaram, em nota, que o ataque da Rússia é injustificável e que o país pagará pelo que está causando ao mundo.

“Putin escolheu uma guerra premeditada que trará uma catastrófica perda de vidas e sofrimento humano. Apenas a Rússia é responsável pelas mortes e destruição que esse ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados irão responder de maneira unida e decisiva”, disse Biden.

Dia movimentado

O anúncio foi feito logo após Moscou declarar que as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk haviam pedido ajuda para repelir “agressões” de Kiev.

Nessa quarta-feira (23), o risco de um conflito armado também dominou os discursos da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Representantes da Rússia, Ucrânia, dos Estados Unidos, além do secretário-geral da entidade, António Guterres, falaram sobre o tema. Isso em meio a várias sanções econômicas contra os russos.

O Parlamento ucraniano atendeu ao apelo do presidente Volodymyr Zelensky e aprovou nesta quarta-feira um decreto de estado de emergência válido para todo o país pelo prazo de 30 dias.

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