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Ucrânia diz temer que batalha em Chernobyl espalhe “nuvem radioativa”

Alerta foi emitido pelo Twitter oficial do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no fim da manhã desta quinta-feira (24/2)

atualizado

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Chernobyl
1 de 1 Chernobyl - Foto: GettyImages

Na fim da manhã desta quinta-feira (24/2), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou em seu Twitter que a Rússia tenta ocupar a área da cidade de Chernobyl, localizada no norte da Ucrânia. Segundo o líder de Executivo ucraniano, as forças de defesa estão lutando para evitar que uma tragédia igual a de 1986 se repita. Para Zelensky, esta é uma “declaração de guerra em toda a Europa”.

Anton Gerashchenko, conselheiro do Ministério do Interior, afirmou que forças russas entraram na zona de exclusão de Chernobyl (cerca de 100 km ao norte de Kiev) e estavam lutando “vigorosamente” com unidades de guardas de fronteira. “Se as instalações de armazenamento forem destruídas, a nuvem radioativa pode cobrir a Ucrânia, a Bielorrússia e a União Europeia”, disse ele.

O receio é que a batalha possa danificar instalações de armazenamento de lixo nuclear, provocando uma precipitação que pode cobrir a Europa.

O acidente da usina de Chernobyl, em 26 de abril de 1986, perto da cidade de Pripyat, no norte da Ucrânia, costuma ser descrito como o pior desastre nuclear da história. A explosão inicial de um reator matou ao menos 30 pessoas e expôs milhões a um nível perigoso de radiação. O número de mortos varia entre os 9 mil estimados pela OMS e os 90 mil calculados pelo Greenpeace.

A Ucrânia afirma ter sofrido ao menos 203 ataques russos desde o início da invasão, na manhã desta quinta-feira (24/2). As informações foram divulgadas pelo Ministério de Defesa do país. As autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. No início da manhã, soldados russos teriam sido feitos prisioneiros.

Ucrânia mapa ataques

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Rompimento de relações entre os dois países

Ainda na manhã desta quinta, o ministro de relações exteriores ucraniano reforçou que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou a Europa em seu momento mais “obscuro” desde 1939. E pede ajuda financeira e militar para a Ucrânia. Os dois países também cortaram relações diplomáticas.

Right now, Putin is plunging Europe into its darkest time since 1939. Any government hoping to sit this out is naïve. Don’t repeat mistakes of the past. Hit Russia with severe sanctions now. Help Ukraine with military and financial support. Together we can #StopRussianAggression.

— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022

Horas após o início das operações militares no leste da Ucrânia, determinadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques. Afirmou que 50 soldados russos foram mortos nos combates e seis aviões acabaram derrubados.

Putin alertou para que nenhum outra nação interfira na investida do país na região separatista na Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, assinalou.

Em pronunciamento nesta quinta-feira (24/2), Zelensky pediu apoio de todos os militares e da população ucraniana e disse estar distribuindo armas para que todos possam se defender. O mandatário ressaltou ainda que o país “não vai entregar sua liberdade”.

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