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Teatro bombardeado na Ucrânia tinha mil pessoas abrigadas da guerra

Forças de resgate fazem ainda operações de buscas entre os escombros. Uma placa escrito “crianças” em russo identificava o abrigo

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Teatro em Mariupol, Ucrânia, usado como abrigo para civis foi bombardeado pela Rússia. Na foto, a estrutura do prédio destruída com muita fumaça - Metrópoles
1 de 1 Teatro em Mariupol, Ucrânia, usado como abrigo para civis foi bombardeado pela Rússia. Na foto, a estrutura do prédio destruída com muita fumaça - Metrópoles - Foto: Reprodução/Twitter

O governo ucraniano informou que o teatro em Mariupol usado como abrigo para civis e foi bombardeado chegou a ter mil pessoas. Autoridades de segurança acusam a Rússia de atacar o espaço. As informações são do conselho da cidade.

Uma placa escrito “crianças” em russo identificava o teatro como uma área de refugio. Segundo atualizações do governo, ainda há pessoas sob os escombros.

A prefeitura de Mariupol informou que cerca de 500 pessoas que estavam abrigadas no teatro da cidade sobreviveram a um ataque aéreo russo ao local na quarta-feira (16/3).

Parte dos abrigados, de acordo com a prefeitura, são crianças. Forças de resgate fazem ainda operações de buscas entre os escombros. Por isso, afirmou a prefeitura, ainda não é possível precisar o número de sobreviventes. A Rússia nega o ataque.

“Outro crime de guerra horrendo em Mariupol. Massivo ataque russo ao Teatro Drama, onde centenas de civis inocentes estavam escondidos. O edifício está agora totalmente em ruínas. Os russos não podiam saber que este era um abrigo civil. Salve Mariupol. Pare os criminosos de guerra russos”, condenou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Veja o antes e depois:

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Ucrânia acusa a Rússia de bombardear o local
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Teatros era usado por "centenas" de civis que perderam suas casas

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Ucrânia acusa a Rússia de bombardear o local

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A madrugada na Ucrânia seguiu a tendência dos últimos dias: bombardeios massivos e civis na mira das tropas militares. Kiev, capital e coração da política, e cidades do sul ucraniano, que dão acesso ao Mar Negro, importante rota comercial, são as mais afetadas.

Ataques

Enquanto russos e ucranianos não se entendem, os bombardeios continuam. Civis e áreas residenciais voltaram a ser alvejados durante a madrugada, pelo horário de Brasília.

O país liderado por Volodymyr Zelensky viveu mais uma noite de intensos bombardeios. Um prédio de 16 andares foi atingido por partes de um míssil destruído em Kiev. Uma pessoa teria morrido e outras três ficaram feridas. Ao todo, 30 moradores foram resgatados do local.

Kiev e cidades do sul ucraniano, que dão acesso ao Mar Negro, importante rota comercial, são as mais afetadas pelas investidas russas.

Em 22 dias de guerra na Ucrânia, a Rússia perdeu sete mil soldados no front. Outros 14 mil militares ficaram feridos durante os bombardeios, iniciados em 24 de fevereiro.

Os números são uma estimativa dos órgãos de segurança dos Estados Unidos e foram repercutidos por agências internacionais de notícias nesta quinta-feira.

A Ucrânia informou, nesta quinta-feira, que abateu ao todo 10 alvos russos nas últimas 24 horas. Segundo o comandante-chefe das Forças Armadas do país, Valeriy Zaluzhny, um avião russo Su-25 foi destruído e um caça Su-35, atingido no céu na região de Kiev, capital da Ucrânia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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