1 de 1 Sean Penn CORE Gala: Benefiting the organization formerly known as J/P HRO & Its Life-Saving Work Across Haiti & the World
- Foto: Kevin Mazur/Getty Images
“Eu e dois colegas andamos por quilômetros até a fronteira com a Polônia, após abandonarmos nosso carro na estrada”, contou.
“Quase todos os carros nesta foto levam mulheres e crianças, a maioria sem qualquer sinal de bagagem, e com o carro como único objeto de valor”, disse ao publicar a imagem de uma longa fila de carros.
Myself & two colleagues walked miles to the Polish border after abandoning our car on the side of the road. Almost all the cars in this photo carry women & children only, most without any sign of luggage, and a car their only possession of value. pic.twitter.com/XSwCDgYVSH
O documentário de Penn começou a ser gravado em novembro de 2021, quando ele registrou o mar de Azov e conversou com os militares ucranianos. Ele já esteve envolvidos em diversos projetos humanitários ao longo de sua carreira.
Na manhã de quinta-feira (24/2), o diretor visitou o gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e assistiu a uma conferência de imprensa de Iryna Vereshchuk, conselheira do chefe do gabinete do chefe de Estado e vice-primeiro-ministro.
“Ele conversou com jornalistas, com nossos militares, viu como defendemos nosso país”, diz o comunicado. “Sean Penn demonstra a coragem que falta a muitos outros, incluindo políticos ocidentais. Quanto mais pessoas assim em nosso país agora, verdadeiros amigos da Ucrânia, que apoiam a luta pela liberdade, mais cedo será possível parar o ataque traiçoeiro da Rússia”, completa.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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670 mil pessoas já deixaram país
De acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, nos últimos seis dias ao menos 670 mil pessoas buscaram ajuda em países vizinhos, sobretudo na Polônia, Hungria, Moldávia, Romênia e Eslováquia. Só na Polônia foram 280 mil. Com a intensificação dos ataques, a preocupação é não só de oferecer abrigo e apoio material, mas também ajuda psicológica para as pessoas afetadas pela guerra.
O porta-voz do do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Shabia Mantoo, informou, nessa terça-feira (1º/3), que filas de 20 quilômetros estão se formando na fronteira romena. Pessoas estão esperando até 60 horas para entrar na Polônia.
A previsão do órgão é de que, nos próximos dias, aproximadamente quatro milhões de ucranianos devem sair do país em busca de segurança. Os cidadãos do país não precisam apresentar visto para entrar nos países da União Europeia (UE), que já receberam pelo menos 300 mil refugiados, ou na Suíça.