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“Se não agirmos agora, quando agiremos?”, diz Mauro Vieira na ONU

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ainda ressaltou que o tempo para agir, de forma a frear a crise humanitária, está acabando

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1 de 1 Imagem colorida mostra o ministro das Relações exteriores Mauro Vieira - Metrópoles - Foto: Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

O ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, discursou na sessão desta segunda-feira (30/10) do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, o representante da delegação brasileira questionou: “Se não agirmos agora, quando agiremos?”.

De acordo com o chanceler brasileiro, o tempo para lidar com a crise humanitária instalada em Gaza e evitar que mais civis morram está acabando. “Quantas vidas mais precisam ser perdidas para que nós, finalmente, nos movamos da fala para a ação?”, questionou.

A reunião de emergência, que reuniu as delegações em Nova Iorque, na tarde desta segunda-feira (30/10) foi convocada pelos Emirados Árabes Unidos, diante da investida terrestre de Israel contra a Faixa de Gaza

No discurso, o ministro destacou a necessidade de o Conselho tomar uma decisão para frear o conflito, de forma a garantir a libertação dos reféns nas mãos dos Hamas e garantir ajuda humanitária aos moradores da Faixa de Gaza.

O ministro destacou que nada justifica os crimes cometidos no último dia 7/10, e destacou que os reféns precisam ser libertos. Mas também ressaltou que “a situação em Gaza é extremamente chocante e indefensável sob qualquer qualquer padrão humano e sob o direito humanitário internacional”.

No discurso, o ministro das Relações Exteriores ainda destacou que as crianças têm sido punidas por crimes que elas não cometeram e defendeu que o Conselho de Segurança tem feito reuniões e escutado discursos sem conseguir chegar a uma decisão que acabe com o sofrimento.

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Resolução da Assembleia-Geral

Na última sexta-feira (27/10), a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que pede uma trégua humanitária no conflito entre Israel e o Hamas. A votação terminou com o seguinte placar: 120 a favor, 14 contra e 45 abstenções. O Brasil votou a favor da medida.

Diferentemente do que é decidido no Conselho de Segurança, a resolução aprovada pela Assembleia Geral tem caráter recomendatório, ou seja, os envolvidos no conflito não são obrigados a acatá-la.

O texto aprovado é de autoria da Jordânia e contou com o apoio de mais de 40 países, entre eles Egito, Omã e Emirados Árabes Unidos. Além de pedir a interrupção dos ataques, a resolução defende a garantia de ajuda humanitária.

A minuta apresentada pelos países árabes, porém, não tinha tinha uma condenação direta à ação do Hamas em 7 de outubro. Uma emenda apresentada pela delegação do Canadá, que era apoiada pelos Estados Unidos, propunha a medida, mas não passou.

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