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Rússia admite usar armas nucleares em caso de “ameaça existencial”

A afirmação é do porta-voz do Kremlin (sede do governo russo), Dmitry Peskov. A declaração ocorreu na tarde desta terça-feira

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Foto de bombeiros ucranianos em meio aos escombros de shopping na capital, Kiev, após bombardeio de forças russas - Metrópoles
1 de 1 Foto de bombeiros ucranianos em meio aos escombros de shopping na capital, Kiev, após bombardeio de forças russas - Metrópoles - Foto: Andriy Dubchak / dia images via Getty Images

O governo russo admitiu a possibilidade de usar armas nucleares, caso ocorra o que autoridades do país chamam de “ameaça existencial”, durante a guerra na Ucrânia.

A afirmação é do porta-voz do Kremlin (sede do governo russo), Dmitry Peskov. A declaração ocorreu na tarde desta terça-feira (22/3), em entrevista ao canal de notícias CNN Internacional.

“Temos uma doutrina de segurança interna, e ela é pública. Você pode ler nela todas as razões para o uso de armas nucleares”, disse à jornalista americana Christiane Amanpour.

Nem Peskov nem a doutrina de segurança russa explicam o que constituiria uma “ameaça existencial”. A expressão vaga deixa brechas para interpretações sobre a hipótese de que uma eventual derrota na guerra, mesmo contra a Ucrânia, representaria ameaça à própria existência russa.

Peskov acrescentou: “Se for uma ameaça existencial ao nosso país, então podem ser usadas de acordo com nossa doutrina”.

Antes, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou o mundo atento ao determinar que “forças nucleares” entrassem em estado de alerta. Ele negou, contudo, que tivesse a intenção de atacar a Ucrânia com esse tipo de armamento.

O Metrópoles Explica, programa exibido no canal do portal no YouTube, explicou os riscos e o funcionamento dessas armas. Confira abaixo:

Acordo de paz

A guerra avança pelo 27º dia de conflito. Russos e ucranianos ainda não encontraram um consenso mínimo para pactuar o acordo de cessar-fogo.

Ministros dos dois países adiantaram, nesta terça-feira (22/3), suas expectativas para os próximos dias. A Rússia cobrou celeridade nas negociações de paz. Na contramão, a Ucrânia acredita em, ao menos, mais três semanas de bombardeios.

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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, disse que a guerra deverá acabar em duas ou três semanas. Segundo o ministro, a Rússia tem poucos suprimentos para continuar a investida militar.

Nesta terça, o porta-voz do governo do Kremlin (sede do governo russo), Dmitri Peskov, pediu que as negociações fossem retomadas. “Gostaria que as negociações fossem mais enérgicas, mais substanciais”, destacou o representante de Vladimir Putin.

Zelensky quer reunião

Na tentativa de uma reunião com Putin, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que pode entregar o controle de regiões separatistas, como Donbass e Crimeia – anexada ao território da Rússia em 2014.

Nesta terça-feira (22/3), em entrevista exibida pela TV estatal ucraniana, Zelensky voltou a propor uma conversa com Putin para discutir o fim da guerra.

“Se eu tiver essa oportunidade, e a Rússia tiver o desejo, poderemos abordar todas as questões. Resolveríamos tudo lá? Não, mas existe a possibilidade de que possamos ao menos parar parcialmente a guerra”, destacou.

ONU dá ultimato

Prestes a completar um mês, o conflito no Leste Europeu parece longe do fim. A Organização da Nações Unidas (ONU) deu um ultimato para o fim da guerra e frisou que as negociações — que, nos últimos dias, estão estagnadas — devem continuar.

Nesta terça-feira, em entrevista a repórteres de agências internacionais de notícias, o secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou categoricamente o fim da guerra na Ucrânia.

“Esta guerra não é vencível. Mais cedo ou mais tarde, terá de passar dos campos de batalha para a mesa de paz. Isso é inevitável. A única questão é quantas vidas mais devem ser perdidas? Quantas bombas mais devem cair?”, alertou.

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