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Robô artista é detida na alfândega do Egito por medo de espionagem

Após ficar 10 dias retida, Ai-Da e sua obra são liberadas. Humanoide britânico participa de exposição ao lado da Pirâmide de Quéops

atualizado

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Ai-Da/Site
Ai-Da em frente à escultura Immortal Riddle, no Egito
1 de 1 Ai-Da em frente à escultura Immortal Riddle, no Egito - Foto: Ai-Da/Site

A robô artista britânica Ai-Da foi detida durante 10 dias por forças de segurança do Egito por suspeita de fazer parte de uma trama de espionagem e liberada na quarta-feira (20/10), noticiou a imprensa.

Ai-Da cria suas obras com o uso de inteligência artificial e terá sua obra exposta na primeira exposição de arte contemporânea ao lado da Pirâmide de Quéops, que foi inaugurada nesta quinta. A detenção na fronteira ameaçava a presença dela no evento.

O inventor de Ai-Da, Aidan Meller, disse que a artista robô estava em boas condições depois de passar 10 dias sem eletricidade. Ela e sua obra haviam sido enviadas ao Cairo em caixas especiais por meio de transporte aéreo de cargas.

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“As pessoas temem os robôs”

Meller disse que funcionários da alfândega em Cairo confiscaram a robô por ela ter um modem e depois exigiram que os olhos dela fossem retirados. Os olhos contêm câmeras que a robô usa para pintar e desenhar.

Meller explicou aos guardas de fronteira que poderia retirar o modem, mas sem os olhos Ai-Da não consegue pintar. Por fim, Meller foi autorizado a manter os olhos de Ai-Da.

A detenção criou um mal-estar diplomático entre o Reino Unido e o Egito. “O embaixador britânico trabalhou toda a noite para conseguir a liberação de Ai-Da”, disse Meller ao jornal The Guardian.

Ele ressaltou que Ai-Da é uma artista e não espiã. “As pessoas temem os robôs, não entendo”, comentou.

A contribuição de Ai-Da para a exposição é uma escultura em argila, de 2 m x 2,5 m, representando a si mesma com três pernas. A obra também foi temporariamente confiscada pela alfândega egípcia.

Primeiro robô que pinta pessoas

Fabricada pela empresa de robótica Engineered Arts, Ai-Da tem esse nome em homenagem à pioneira da informática Ada Lovelace e foi concluída em abril de 2019 por uma equipe de programadores, especialistas em robótica, especialistas em arte e psicólogos.

Ai-Da é considerada o primeiro robô em todo o mundo capaz de pintar pessoas. Obras dela já foram expostas no Museu Victoria e Albert e no Tate Modern.

Ela também é capaz de realizar uma série de movimentos e tem uma pele de silicone, dentes e gengivas impressos em 3D e câmeras oculares.

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