metropoles.com

Odebrecht pagou US$ 782 mil a presidente do Peru em 2004

Os dados foram fornecidos pela empresa à comissão parlamentar que investiga o caso Lava Jato no Peru

atualizado

Compartilhar notícia

DIVULGAÇÃO/ODEBRECHT
odebrecht
1 de 1 odebrecht - Foto: DIVULGAÇÃO/ODEBRECHT

A  Odebrecht revelou na terça-feira (13/12) ao Congresso do Peru ter pagado US$ 782 mil por consultorias a uma empresa do presidente Pedro Pablo Kuczynski, indicou uma CPI controlada pela oposição fujimorista.

Os dados foram fornecidos pela empresa à comissão parlamentar que investiga o caso Lava Jato no Peru. Um dos pagamentos foi feito quando Kuczynski era ministro do governo do ex-presidente Alejandro Toledo, hoje acusado de receber propina de US$ 20 milhões da empresa.

“Um documento assinado por Mauricio Cruz, representante da Odebrecht Peru, destaca que a empresa ligada diretamente a Pedro Pablo Kuczynski prestou serviço de consultoria por   US$ 782.207  à empresa do grupo Odebrecht”, diz uma nota informativa do Congresso.

A presidente da comissão, Rosa Bartra, do partido Fuerza Popular, de Keiko Fujimori, explicou que a consultoria foi realizada entre 16 de fevereiro de 2004 e 28 de julho de 2006, período em que Kuczynski ocupou o pasta do Ministério da Economia e das Finanças e foi presidente do Conselho de Ministros, além de outras consultorias em 2007.  Bartra apontou que a empresa citada, a Westfield Capital, pertence ao mandatário e forneceu um total de sete consultorias à construtora.

Duas delas são relacionadas à estrada interoceânica, que a Odebrecht admite ter pagado 20 milhões de dólares em subornos para obter a concessão ao então presidente Toledo (2001-2006), contra quem existe uma ordem de extradição dos Estados Unidos.

Em novembro, Kuczynski tinha negado os vínculos com a construtora brasileira, depois que o ex-diretor-executivo da empresa, Marcelo Odebrecht, disse aos promotores peruanos que o contratou para uma consultoria privada. No último sábado, Kuczynski admitiu na rádio RPP que realizou uma consultoria por meio da empresa First Capital – empresa de um ex-sócio – para o projeto H2Olmos, um consórcio integrado pela Odebrecht.

Entre 2006 e 2013, a First Capital recebeu mais de  US$ 4 milhões por assessorias à Odebrecht, segundo informações da comissão.

Bartra disse à imprensa que, com toda a informação coletada, espera que o presidente compareça à convocação da comissão investigadora no Congresso. Até agora, o mandatário se negou a se apresentar e preferiu responder por escrito às perguntas que os parlamentares enviaram.

“São quase US$ 5 milhões  que o atual presidente da República teria recebido através das empresas mencionadas”, destacou Bartra. A Odebrecht admite ter pago 29 milhões de dólares em subornos no Peru entre 2005 e 2014.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?

Notificações