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Em reunião de emergência, Mercosul avalia nova punição à Venezuela

O encontro será no próximo sábado (5/8) em São Paulo. Desta vez, até a expulsão da Venezuela do bloco está sob análise

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1 de 1 venezuela bandeira - Foto: Reprodução/Flickr

Suspensa do Mercosul desde dezembro, a Venezuela deverá sofrer nova sanção do bloco no próximo sábado (5/8), quando chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai vão se reunir, em São Paulo, para analisar a situação política do país presidido por Nicolás Maduro. Desta vez, a Venezuela pode sofrer nova punição e até ser expulsa por desrespeitar o Protocolo de Ushuaia, que trata dos compromissos democráticos a serem seguidos pelos membros do bloco.

Na presidência temporária do bloco, o Brasil convocou reunião extraordinária para discutir a situação da Venezuela após o país realizar eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, ocorrida no último domingo (30) e rejeitada por boa parte da comunidade internacional. Anteriormente, o Brasil chegou a convidar Maduro e membros da oposição venezuelana para virem a São Paulo, numa tentativa de intermediar o diálogo. No entanto, não obteve resposta.

Ontem (2), o chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga disse que no encontro será tomada uma decisão “levando em conta que definitivamente na Venezuela há uma ruptura da ordem democrática”. “Será algo definitivo. Tem que tomar uma decisão, não há voltas. Não há marcha à ré”, disse o chanceler. Segundo ele, a suspensão política seria uma “aplicação política muito forte”. Em dezembro, a Venezuela foi suspensa do Mercosul porque não incorporou à sua legislação as normas básicas de funcionamento do bloco, como a adoção da Tarifa Externa Comum (TEC).

Mesmo pressionado pela comunidade internacional, Nicolás Maduro anunciou ontem que a Assembleia Nacional Constituinte será instalada na próxima sexta-feira, às 11h (horário local; 12h de Brasília), e não na quinta, como estava previsto, já que é preciso esperar a proclamação de alguns ganhadores que não foram ratificados pelo Poder Eleitoral.

O presidente Venezuela afirmou que a nova data permitirá o afastamento de “ameaças” que, segundo ele, pesam sobre a instalação da junta, prevista para ocorrer no Palácio Federal Legislativo, sede do Parlamento, que é comandado por uma maioria opositora a seu governo.

Em declaração conjunta divulgada após o último encontro dos estados-membros do Mercosul, realizado em julho, na Argentina, os países do bloco, além de Colômbia, Chile, Guiana e México, pediram à Venezuela o restabelecimento da ordem institucional e a retomada do diálogo entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro.

Na ocasião, os países reiteraram sua “profunda preocupação com o agravamento da crise política, social e humanitária” na Venezuela, fazendo “um apelo urgente pelo fim da violência no país e pela libertação de todos os detidos por razões políticas”.

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