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Delator diz que Dilma usou dinheiro da presidência para pagar campanha

Empresário de Brasília contou em delação que os recursos teriam saído diretamente do Palácio do Planalto em ação coordenada pelo assessor mais próximo da ex-presidente, Giles Azevedo

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016
1 de 1 A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A presidente afastada Dilma Rousseff pode ter usado dinheiro da Presidência da República para pagar contas da sua campanha presidencial de 2010. É o que relata matéria divulgada pelo site da revista Época, citando a delação premiada do empresário brasiliense Benedito Oliveira Neto, o Bené, investigado na Operação Acrônimo da Polícia Federal.

Segundo o documento que a revista teve acesso, o ex-chefe do gabinete da então presidente, Giles de Azevedo, usou um contrato do Palácio do Planalto em 2015 para quitar dívidas da campanha presidencial de 2010. Essa é a primeira vez que uma delação cita possíveis desvios cometidos pelo próprio Palácio do Planalto.

Segundo Bené, a operação, coordenada no gabinete presidencial, transcorreu entre 2014 e 2015, em meio às investigações da Lava Jato e da própria Acrônimo. O dinheiro, segundo relatou, foi utilizado para pagar a empresa de comunicação Pepper, responsável pela comunicação digital da campanha de Dilma.

Para isso, de acordo com a delação premiada, Giles atuou para que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República pagasse a dívida, por meio de um contrato com a agência Click.

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