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Pedro Sánchez é reeleito para o cargo de primeiro-ministro da Espanha

O Congresso dos deputados em Madri reconduziu o premiê Pedro Sánchez (PSoE) para um novo mandato à frente da Espanha

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1 de 1 Imagem colorida mostra Pedro Sánchez é reeleito primeiro-ministro da Espanha - Metrópoles - Foto: Eduardo Parra/Europa Press via Getty Images

O socialista Pedro Sánchez obteve o apoio para a sua posse de uma maioria absoluta de 179 dos 350 deputados na Espanha. O apoio dos sete deputados ligados ao separatista catalão Carles Puigdemont, graças ao polêmico acordo de anistia aos independentistas, foi fundamental para que ele permanecesse no cargo por mais quatro anos.

Durante todo o processo de negociação de Sánchez com partidos minoritários, a fim de conquistar mais da metade do Congresso, o cenário político espanhol se mostrou bastante instável. Tanto no Parlamento como nas ruas, onde estão acontecendo diversos protestos.

O segundo dia de debates começou com a fala da representante do partido basco Euskal Herria Bildu (EH Bildu), Mertxe Aizpurua. Ela confirmou o apoio a Sánchez e declarou: “somos nós, os independentistas e soberanistas, que impedimos hoje que o bloco reacionário chegue ao poder”. Aizpurua também ressaltou que a próxima legislatura, que “começa hoje”, será extremamente complexa e exigirá “alta política”.

Na véspera, em tom conciliador, Sánchez havia dito que era necessário alcançar consensos, porque “para isso serve a democracia, para tecer acordos entre diferentes e superar as diferenças”.

Aitor Esteban, porta-voz do Partido Nacionalista Basco (PNV), também interveio nesta manhã. Ele elogiou a “valentia” contida no acordo de anistia para os independentistas e criticou as manifestações que estão sendo realizadas como uma tentativa de impedir a aprovação da lei e a investidura de Pedro Sánchez.

Também discursaram nesta manhã os porta-vozes do grupo misto, integrado por Coalizão Canária (CC), Bloco Nacionalista Galego (BNG) e União do Povo Navarro (UPN). O porta-voz do Partido Socialista Operário Espanhol encerrou o debate, e os deputados procederam à votação.

Vitória inesperada de Pedro Sánchez

Após o desastre da esquerda nas eleições locais de 28 de maio, Pedro Sánchez era considerado morto politicamente por inúmeras pesquisas. Aos 51 anos, ele é um dos raros socialistas atualmente à frente de um governo europeu, cargo que ocupa desde junho de 2018.

Ele chegou atrás do seu rival conservador, Alberto Núñez Feijóo, nas eleições legislativas de 23 de julho e desde então intensificou as negociações para formar uma maioria, após o fracasso do líder da direita em ser investido como o Primeiro-ministro.

Sánchez conseguiu reunir o apoio da extrema esquerda, com quem governou durante três anos, além dos partidos independentistas, incluindo a formação do líder separatista catalão Carles Puigdemont. O acordo foi obtido graças a uma lei de anistia para os separatistas envolvidos na tentativa de secessão da Catalunha, em 2017.

Trajetória política

Nascido a 29 de fevereiro de 1972 em Madrid, filho de uma funcionária pública e de um empresário, o economista assumiu as rédeas do PSoE em 2014. Relativamente novo e pouco conhecido, Sánchez se posicionava como um “ativista de base”. Mas esta primeira experiência terminou em fracasso, com o partido registrando os piores resultados eleitorais da sua história.

Apenas seis meses depois, quando muitos anunciavam o fim da sua carreira política, Pedro Sánchez conseguiu reconquistar a liderança do PSoE , assumindo o poder na Espanha em junho de 2018, após conseguir reunir toda a esquerda e os partidos basco e catalão em torno da sua moção de censura, derrubando o primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy, então envolvido em um escândalo de corrupção.

À frente de uma maioria instável, Sánchez foi forçado a convocar duas eleições legislativas consecutivas em 2019, que ele venceu. No início de 2020, teve de aceitar “um casamento de conveniência” com o Podemos (esquerda radical) para permanecer no poder.

Governando com minoria, em cinco anos Sánchez conseguiu reformar o mercado de trabalho e as aposentadorias, aumentar o salário mínimo em 50% e introduzir uma lei que reabilita a memória das vítimas da Guerra Civil (1936-1939) e da ditadura de Franco (1939-1975).

Para Paloma Roman, cientista política da Universidade Complutense de Madrid, Pedro Sánchez “conseguiu” vencer a sua aposta, mas o seu novo mandato será “muito complicado”.

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