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Parlamento russo aprova suspensão de acordo nuclear com os EUA

Acordo nuclear foi assinado entre Rússia e EUA e prevê a redução dos arsenais dos dois países. Após fala de Putin, Duma concorda com saída

atualizado

Wojtek Laski/Getty Images
base militar com armas nucleares Engels-2 na Rússia

A Duma, como é chamada a câmara baixa do parlamento russo, aprovou por unanimidade uma lei que suspende a participação o país no Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo Start). O tratado é um acordo nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos que prevê a redução dos arsenais de ambos os países.

A proposta chegou à Duma por meio de um pedido do presidente Vladimir Putin. Com ela, a Rússia suspenderia a participação no tratado. Na terça-feira (21/2), Putin anunciou essa suspensão, durante discurso de 1h45 no Parlamento, em que atacou as nações ocidentais e responsabilizá-las pela guerra com a Ucrânia. O conflito se arrasta para o marco de 1 ano, na próxima sexta-feira (24/2), sem perspectiva de paz.

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“Nesse sentido, sou forçado a anunciar hoje que a Rússia está suspendendo sua participação no tratado estratégico de armas ofensivas”, disse Putin.

De acordo com o chefe do Kremlin, antes de retomar as discussões sobre novas atividades do tratado, a Rússia precisava descobrir como os arsenais dos outros países, inclusive as armas nucleares da Otan, o Reino Unido e a França, seriam levados em consideração com a força dos EUA.

“Violações dos Estados Unidos”

Leonid Slutsky, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Duma, deixou claro que a Rússia não teve escolha por causa das, segundo ele, “inúmeras violações dos Estados Unidos ao tratado”.

“O Ocidente coletivo escolheu deliberadamente piorar as relações com a Rússia”, disse. Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, seguiu pelo mesmo caminho ao dizer que a lei aprovada “contribuirá amplamente para garantir a segurança de nosso país”.

Não é uma saída, mas uma suspensão. Tanto que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu aos EUA “vontade política” e “esforços de boa-fé” para garantir “a retomada da operação plena do tratado”. E que o país continuaria a cumprir as restrições quantitativas do tratado.






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