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Joe Biden diz que “Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia”

Presidente dos EUA, Biden discursou na Polônia um dia após visita surpresa a Kiev, às vésperas de um ano do conflito na Ucrânia

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Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images
presidente joe biden discursando em varsóvia - metrópoles
1 de 1 presidente joe biden discursando em varsóvia - metrópoles - Foto: Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu, nesta terça-feira (21/2), que a “Ucrânia jamais será uma vitória para a Rússia”. O líder norte-americano reforçou a retórica contra o regime de Vladmir Putin em visita à Polônia, às vésperas do marco de um ano de conflito.

“Há um ano, o mundo se preparava para a queda de Kiev. Bem, acabei de chegar de uma visita a Kiev e posso dizer que Kiev está forte. Kiev está orgulhosa, alta e, o mais importante, livre”, disse Biden.

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O presidente norte-americano está na Polônia para um encontro com o presidente Andrzej Duda. Antes de desembarcar em Varsóvia, nessa segunda-feira (20/2), o chefe da Casa Branca fez uma viagem não anunciada ao homólogo ucraniano Vladmir Zelensky.

Em Kiev, Biden prometeu o envio de mais armamento e um novo pacote de sanções contra a economia russa. O conflito se arrasta para o marco de 1 ano, na próxima sexta-feira (24/2), sem perspectiva de paz.

Biden defendeu que, há um ano, quando a Rússia invadiu o território vizinho, não era apenas a Ucrânia que estava sendo testada. “O mundo inteiro enfrentou um teste eterno”. O líder norte-americano acrescentou que “a Europa estava sendo testada. A América estava sendo testada. A Otan estava sendo testada”.

“Um ditador nunca será capaz de retirar o amor das pessoas pela liberdade. Não, a Ucrânia jamais será uma vitória para a Rússia”, prometeu Biden, fortemente aplaudido.

O discurso ocorreu horas depois de Putin fazer um discurso no Parlamento russo, reforçando a retórica de que a Ucrânia é controlada por aliados no Ocidente. Ele também atacou as nações ocidentais e as responsabilizou pela guerra no leste europeu.

Apoio “inabalável”

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, prometeu enviar reforço significativo de armamento à Ucrânia e uma nova rodada de sanções à Rússia, durante visita surpresa à Kiev nesta segunda-feira (20/2).

Em nota, o líder norte-americano informou que o objetivo da viagem é “reafirmar o compromisso inabalável com a democracia, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, às vésperas do marco de um ano de conflito no leste europeu, na próxima sexta-feira (24/2).

“Anunciarei outra entrega de equipamento crítico, incluindo munição de artilharia, sistemas antiblindados e radares de vigilância aérea para ajudar a proteger o povo ucraniano de bombardeios aéreos”, escreveu Biden, em comunicado compartilhado pela Casa Branca.

Suspensão de acordo nuclear

Durante discurso no Parlamento, o presidente Vladimir Putin anunciou, nesta terça-feira (21/2), que a Rússia suspendeu a participação no novo tratado Start, único acordo de controle nuclear remanescente entre Estados Unidos e Rússia. O texto limita os arsenais nucleares estratégicos de ambos os lados.

“Nesse sentido, sou forçado a anunciar hoje que a Rússia está suspendendo sua participação no tratado estratégico de armas ofensivas”, disse Putin a parlamentares em pronunciamento emblemático.

O Tratado Start foi assinado na República Tcheca em 2010. Ele foi prorrogado até fevereiro de 2026, logo após a posse do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 2021.

O acordo limita o número de armas nucleares estratégicas que os EUA e a Rússia podem produzir, bem como controla a implementação de mísseis e bombardeiros terrestres e submarinos para lançá-los.

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