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Papa Francisco condena ataques a igrejas no Sri Lanka

Pontífice expressou tristeza por “violência cruel” que matou mais de uma centena de pessoas em templos católicos e hotéis no país asiático

atualizado

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ANDREW MEDICHINI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
PAPA FRANCISCO CELEBRA MISSA DE DOMINGO DE RAMOS
1 de 1 PAPA FRANCISCO CELEBRA MISSA DE DOMINGO DE RAMOS - Foto: ANDREW MEDICHINI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Papa Francisco condenou neste domingo (21/04/19) os ataques que deixaram mais de uma centena de mortos no Sri Lanka durante as celebrações do domingo de Páscoa.

“Quero expressar minha sincera proximidade com a comunidade cristã [do Sri Lanka], ferida enquanto se reunia em oração, e a todas as vítimas de tal violência cruel”, disse Francisco enquanto fazia a benção de Páscoa diante de milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano.

Francisco ainda disse que os atentados “causaram sofrimento e tristeza”. “Confio ao Senhor todos aqueles que pereceram tragicamente”, disse ele, “e rezo pelos feridos e por todos aqueles que sofrem como resultado deste trágico acontecimento”.

O Sri Lanka, uma nação insular de 21 milhões de habitantes no Oceano Índico, foi alvo de uma série de atentados neste domingo que tiveram como alvo a minoria católica do país e hotéis frequentados por estrangeiros.

Foram registradas pelo menos oito explosões no país, que atingiram três igrejas católicas e quatro hotéis. Mais de 200 pessoas morreram, segundo as autoridades. Os primeiros balanços apontaram que pelo menos 35 estrangeiros estão entre os mortos.

Os cristãos representam 7,4% da população do país.

Segundo as autoridades do Sri Lanka, os primeiros seis ataques ocorreram por volta de 8h45 do horário local (2h30 em Brasília). No momento das explosões, os templos católicos estavam celebrando o Domingo da Ressureição.

A capital, Colombo, foi alvo inicialmente de pelo menos quatro explosões: em três hotéis de luxo e numa igreja. As outras duas igrejas atingidas ficam em Negombo, no oeste do país (região que abriga uma grande população católica); e em Batticaloa, no leste.

Poucas horas depois das seis explosões simultâneas iniciais, foram registrados mais dois atentados em dois subúrbios da capital, que atingiram mais um pequeno hotel e uma residência.

Nenhum grupo reivindicou autoria das ações até o momento. Em resposta aos ataques, o governo impôs um toque de recolher em toda a ilha, com início às 18h do horário local até 6h do dia seguinte. O Governo determinou ainda um bloqueio temporário às redes sociais para impedir a difusão “de informações incorretas”.

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