Chefe da Otan quer liberar ataques da Ucrânia com armas do bloco
O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, pediu que países membros do bloco liberem ataques da Ucrânia em território russo com armas da aliança
atualizado
Compartilhar notícia
Em mais uma escalada na tensão entre Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o secretário-geral da aliança pediu a países membros que levantem restrições contra ataques ucranianos em território russo usando armas doadas pelo bloco militar.
“Chegou a hora de os aliados considerarem se deveriam levantar algumas restrições que impuseram ao uso de armas que doaram à Ucrânia”, disse Jens Stoltenberg em entrevista publicada pelo The Economist nesta sexta-feira (24/5).”Especialmente agora, quando muitos combates estão acontecendo em Kharkiv, perto da fronteira, negar à Ucrânia a chance de usar essas armas contra alvos militares legítimos em território russo torna muito difícil para eles se defenderem”.
Desde o início do conflito, membros da Otan têm apoiado firmemente o governo de Volodymyr Zelensky na guerra contra a Rússia, principalmente por meio do envio de armas. Contudo, existe um temor entre os aliados da Ucrânia de que um ataque ao território russo com armamento da aliança seja ser visto por Moscou como uma declaração de guerra.
Por isso, o envio de armamentos geralmente é acompanhado de uma proibição de uso das mesmas em ataques contra solo russo.
Tensão
A mais nova declaração do chefe da Otan se soma a outros episódios recentes que aumentaram o alerta global sobre a possibilidade de uma guerra entre a aliança militar e a Rússia.
Com a escalada, a Rússia já declarou estar pronta para enfrentar países do Ocidente caso eles queiram se envolver diretamente no conflito na Ucrânia.
