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Opep garante fornecimento de petróleo mesmo se a Rússia deixar mercado

Entidade de produtores de petróleo admite que precisa ajudar todos os países parceiros, mas avalia que a ameaça russa vai “evaporar”

atualizado

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1 de 1 imagem colorida barril de petróleo - Foto: Divulgação

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, admite que a entidade precisa ajudar todos os países parceiros, mas avalia que a ameaça russa vai “evaporar” pelo mercado.

Barkindo, em entrevista transmitida ao vivo, disse que trabalha pela estabilidade do preço e que, mesmo se a Rússia sair do mercado, a Opep manterá o fornecimento “confiável”.

O preço do petróleo chegou a encostar em US$ 140 nesta segunda-feira (7/3) nos mercados internacionais.

“Temos o princípio de tentar manter a estabilidade do mercado global ao mesmo tempo que garantimos o fornecimento para todos. Nossos membros continuam fazendo o melhor dentro das circunstâncias”, frisou.

As declarações foram dadas minutos após Jen Psaki, secretária de Imprensa da Casa Branca, confirmar que os Estados Unidos pretendem negociar a compra de petróleo com Venezuela, Irã e Arábia Saudita.

Psaki adiantou que militares norte-americanos estão reunidos com autoridades venezuelanas para discutir um possível acordo comercial.

Essa é uma tentativa de isolar o presidente russo, Vladimir Putin, e frear a guerra no Leste Europeu. A Rússia é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.

Reunião de chanceleres

Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, se reunirão na quinta-feira (10/3) para discutir um possível acordo de cessar-fogo.

O encontro foi confirmado nesta segunda-feira (7/3). Agora, os chefes da diplomacia russa e ucraniana se encontrarão na Turquia, considerado território neutro no conflito.

A terceira reunião entre russos e ucranianos terminou, mais uma vez, sem acordo de cessar-fogo. Negociadores dos países, no entanto, concordaram em “organizar” melhor os “corredores verdes”, que são rotas de fuga humanitárias.

O porta-voz da delegação ucraniana, o conselheiro presidencial Mykhailo Podoliyak, afirmou que há uma “pequena e positiva” melhora.

“Continuamos com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente de um cessar-fogo e garantias de segurança”, disse.

O encontro ocorreu em Belarus, país aliado do presidente russo, Vladimir Putin. A conversa começou pouco depois do meio-dia desta segunda-feira, pelo horário de Brasília.

“Ordem de emergência”

A Ucrânia exigiu na Organização das Nações Unidas (ONU) uma “ordem de emergência” para interromper imediatamente a guerra.

Nesta segunda-feira, durante a audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o representante ucraniano, Anton Korynevych, defendeu a medida.

“O fato de os assentos da Rússia estarem vazios fala alto. Eles não estão aqui neste tribunal: estão em um campo de batalha travando uma guerra agressiva contra meu país”, argumentou Korynevych.

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Entenda

Tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro. A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

A invasão, marcada por ataques com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis, fez a comunidade internacional impor amplas sanções econômicas contra a Rússia.

Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações no país. O Banco Central e oligarcas russos, que são multibilionários, não podem realizar transações na Europa e nos Estados Unidos.

Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram a invasão.

Mapa regiões atacadas Ucrânia

 

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