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ONU diz que pandemia causou 1,4 milhão de gestações indesejadas

Pelo menos 12 milhões de mulheres, em 115 países, tiveram redução ou suspensão do acesso a planejamento familiar e contraceptivos

atualizado

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Barriga de grávida
1 de 1 Barriga de grávida - Foto: Pexels/Reprodução

O Fundo de População da Organização das Nações Unidas (UNFPA) publicou, nesta sexta-feira (12/3), pesquisa referente ao crescimento de casos de gestações não intencionais durante a pandemia.

De acordo com o estudo, pelo menos 12 milhões de mulheres, em 115 países, tiveram redução ou suspensão do acesso ao planejamento familiar. Consequentemente, o número de gravidezes sem intenção chegou a 1,4 milhão.

“O impacto devastador que a Covid-19 teve na vida de milhões de mulheres e meninas no ano passado reforça como é vital garantir a continuidade dos serviços de saúde reprodutiva”, enfatizou a diretora executiva do UNFPA, Natalia Kanem, em comunicado.

Os principais motivos enumerados pela entidade para justificar o aumento das gestações não planejadas são a dificuldade de diversas mulheres e famílias em ir às unidades de saúde próximas para procurar informações e medidas de contracepção.

No entanto, a pesquisa aponta que o panorama inicial previa que ainda mais mulheres perderiam o acesso a atendimento público, em relação aos 115 países estudados. Isto é, no decorrer da pandemia, os sistemas de saúde, da sociedade civil ao setor privado, foram se adaptando para diminuir a carência em saúde reprodutiva e sexual.

“Desde governos, produtores a provedores de saúde, a cadeia de fornecimento de suprimentos mostrou sua resiliência, e logo se recuperou da falta de estoque que vimos nos primeiros meses da pandemia”, destacou Natália.

No Brasil

No caso do Brasil, a principal preocupação da entidade é em relação às regiões interioranas, de difícil acesso, como algumas no norte e nordeste do país. “Durante crises de saúde e humanitárias, são as pessoas em situação de maior vulnerabilidade que enfrentam possíveis rupturas em seu acesso a serviços. E é preciso lembrar que o acesso a contraceptivos, assim como atendimento em saúde reprodutiva, é um direito humano, e temos trabalhado para garanti-lo”, afirma a diretora executiva.

Uma das maneiras encontradas pela UNFPA para amenizar os impactos da pandemia em relação à saúde sexual de mulheres foi a implementação, em regiões isoladas, de teleconsultas com ginecologistas e obstetras. Para conseguir o equipamento necessário, a campanha, intitulada Saúde das Manas, que ocorreu no Pará, contava com doações de eletrônicos para o público assistido.

Neste ano, a expansão do projeto prevê a distribuição de métodos contraceptivos em residências cadastradas, nas cidades com baixo IDH.

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