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Na ONU, Rússia volta a negar que esteja bombardeando civis na Ucrânia

Na reunião do Conselho de Segurança, o representante do presidente Vladimir Putin afirmou que a Ucrânia usa civis como “escudos humanos”

atualizado

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Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
Separatistas pró-Rússia, em uniformes sem insígnias, são vistos em Donetsk na Ucrânia, controlada por separatistas pró-Rússia
1 de 1 Separatistas pró-Rússia, em uniformes sem insígnias, são vistos em Donetsk na Ucrânia, controlada por separatistas pró-Rússia - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

O embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily Nebenzya, voltou a negar que tropas russas estejam bombardeando civis na Ucrânia.

Nesta segunda-feira (7/3), em discurso na reunião do Conselho de Segurança, o representante do presidente Vladimir Putin afirmou que o país “segue com esforços diplomáticos”.

“A covardia de usar civis como escudo humano é imoral e viola o direito internacional. Armas foram colocadas em áreas de herança humanitária. A tortura de soldados russos também é uma violação”, criticou.

Ele voltou a falar que “nacionalistas e neonazistas” estão aumentando a violência na guerra. “Radicais ucranianos continuam com reféns”, frisou.

O grande ponto entre russos e ucranianos é o desrespeito aos “corredores verdes”, que são rotas humanitários de fuga. Na teoria, essas zonas não deveriam receber bombardeios.

Mais cedo, a Ucrânia exigiu, também na ONU, uma “ordem de emergência” que interrompa imediatamente a guerra.

Nesta segunda-feira , durante a audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o representante ucraniano, Anton Korynevych, defendeu a medida.

“O fato de os assentos da Rússia estarem vazios fala alto. Eles não estão aqui neste tribunal: estão em um campo de batalha travando uma guerra agressiva contra meu país”, argumentou Korynevych.

A Rússia não enviou representante. O país comandado pelo presidente Vladimir Putin afirma que a Ucrânia estava cometendo “genocídio” ao defender a invasão, que começou em 24 de fevereiro.

“A operação militar especial” da Rússia é necessária “para proteger as pessoas que foram submetidas à intimidação e ao genocídio”, salientou Putin na última semana.

Korynevych pediu à Rússia que “deponha suas armas e apresente suas provas”.

Sem acordo

A terceira reunião entre russos e ucranianos terminou, mais uma vez, sem acordo de cessar-fogo. Negociadores dos países, no entanto, concordaram em “organizar” melhor os “corredores verdes”, que são rotas humanitárias de fuga.

Porta-voz da delegação ucraniana, o conselheiro presidencial Mykhailo Podoliyak afirmou que há uma “pequena e positiva” melhora.

“Continuamos com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente a um cessar-fogo e a garantias de segurança”, disse.

O encontro ocorreu em Belarus, país aliado do presidente russo, Vladimir Putin. A conversa começou pouco depois do meio-dia desta segunda-feira (7/3), pelo horário de Brasília.

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Tropas russas

Autoridades norte-americanas de segurança calculam que a Rússia mantém 150 mil soldados no território ucraniano.

Nesta segunda-feira, segundo informações da agência internacional de notícias Reuters, um integrante da cúpula da defesa dos Estados Unidos apresentou a estimativa, sob condição de anonimato.

Os militares, antes mesmo da invasão, estavam na fronteira do país. O presidente russo, Vladimir Putin, justificava a presença sob a alegação de “exercícios militares”.

“Essa é a nossa melhor estimativa no momento”, disse o funcionário.

O Pentágono, órgão de defesa e segurança dos Estados Unidos, ordenou no fim de semana o envio de mais 500 soldados para a Europa. Ao todo, 100 mil estão no continente. Nenhum deles atuará em território ucraniano, que não faz parte da Otan.

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Ainda nesta segunda-feira, Vladimir Medinsky, negociador do governo russo, acusou o Exército ucraniano de “sabotar” os “corredores verdes” – que são rotas de fuga, onde não deveriam haver ataques. A declaração ocorreu enquanto representantes da Rússia e da Ucrânia tentam, pela terceira vez, negociar um acordo de cessar-fogo.

Entenda

Tropas russas invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro. A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

O recrudescimento dos ataques – com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis – fez a comunidade internacional impor sanções econômicas contra a Rússia.

Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações no país. O Banco Central e oligarcas russos, que são multimilionários, não podem realizar transações na Europa nem nos Estados Unidos.

Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram a invasão.

Mapa regiões atacadas Ucrânia

 

 

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