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Mesmo com coronavírus, mercados ensaiam recuperação

Bolsas de Ásia e Europa operam, na maioria dos casos, em alta, após dias de volatilidade provocados pela pandemia e pela queda do petróleo

atualizado

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Após dias de forte volatilidade, provocada, principalmente, pela pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, e pelo colapso nos preços de petróleo, que chegou a ser negociado abaixo de US$ 0, as Bolsas de Ásia e Europa têm dia de recuperação em seus respectivos índices, tentando repor perdas dos últimos pregões.

Há dois tipos de índices de petróleo a serem considerados, o WTI, negociados nos Estados Unidos, em Nova York, e o Brent, negociado na Inglaterra, Londres. No domingo (19/04), o WTI foi negociado a (-US$ 37,63), uma queda de mais de 300%. Foi a primeira vez que a commodity chegou a ser negociada em terreno negativo. Isso significa que fornecedores estão sendo pagos para ficar com o produto.

Neste momento, há um choque de demanda para a commodity. Como ninguém compra petróleo por conta da pandemia, já que as produções diminuíram, há menos carros nas ruas, portanto, há menor consumo de combustível, os produtores estão lidando com excesso de estoques do produto, o que leva a queda de preços.

Mercados internacionais
Às 4h10, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,68%, a de Frankfurt avançava 0,87% e a de Paris se valorizava 0,17%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1,08%, 0,36% e 0,19%, respectivamente.

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,60% hoje, a 2.843,98 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,05%, a 1.771,80 pontos. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,89% em Seul nesta quarta, a 1.896,15 pontos, enquanto o Hang Seng subiu 0,42% em Hong Kong, a 23.893,36 pontos, e o Taiex registrou modesto ganho de 0,19% em Taiwan, a 10.307,74 pontos. Na Coreia do Sul, a Bolsa se recuperou no fim da sessão, depois de o governo anunciar um novo pacote fiscal com o objetivo de aliviar os danos ligados ao coronavírus.

Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,74% em Tóquio, a 19.137,95 pontos, pressionado por ações dos setores de eletrônicos e varejista.

Na Oceania, o mercado australiano ficou praticamente estável, uma vez que o desempenho positivo de grandes bancos domésticos compensou a fraqueza exibida por petrolíferas. Em Sydney, o S&P/ASX 200 terminou o dia em 5.221,20 pontos, com queda marginal de 0,10 ponto.

Petróleo
O contrato futuro do petróleo do tipo Brent com vencimento em junho reverteu o movimento de alta observado no fim da noite de terça-feira e registrava há pouco tombo de mais de 15% na Intercontinental Exchange (ICE) na madrugada desta quarta-feira, caindo à cotação mais baixa desde 1999.

Na segunda-feira, a commodity energética foi negociada abaixo de US$ 0 pela primeira vez na História, com os investidores liquidando o contrato do WTI para maio, que expirou ontem, para evitar a entrega física. Às 2h30 (de Brasília), o Brent para junho desabava 14,33%, a US$ 16,56 o barril, enquanto o WTI para igual mês descia 4,41% na Nymex, a US$ 11,06 o barril.

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