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Microplásticos invadem cérebro duas horas após ingestão, aponta estudo

Em estudo, cientistas relatam ter alimentado cobaias com microplásticos e se surpreenderam ao ver fragmentos no cérebro delas

atualizado

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Projeto de cerebro azul com neuronios destacados em fundo preto
1 de 1 Projeto de cerebro azul com neuronios destacados em fundo preto - Foto: MR.Cole_Photographer

Cientistas da Universidade de Viena, na Áustria, comprovaram que microplásticos cada vez mais são fonte de problemas para os animais e os seres humanos.

Um estudo, publicado recentemente na revista científica Nanomaterials, mostrou que fragmentos deste material quase onipresente podem chegar ao cérebro de roedores adultos duas horas após a ingestão, e lá aumentam o risco de inflamação.

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Os pesquisadores austríacos ficaram surpresos com a capacidade de nanopartículas de plástico romperem a barreira hematoencefálica e, como consequência, invadirem o cérebro.

No entanto, a questão não é inédita, quando se analisa o cérebro de roedores. Em outra pesquisa, cientistas chineses já haviam descoberto que partículas de microplástico podem chegar ao cérebro de fetos.

O fato de dois estudos diferentes indicarem evidências semelhantes apenas reforça, desta forma, o risco que, em tese, o material representa à saúde.

Ratos alimentados com plástico

Neste trabalho mais recente, os pesquisadores analisaram especificamente o risco de invasão do cérebro pelo poliestireno (PS), material presente em copos descartáveis, brinquedos, seringas, escovas de dente e outros.

Os cientistas foram ao extremo para comprovar a teoria, e, literalmente, alimentaram seis ratos com uma solução aquosa contendo partículas de nanoplástico. As cobaias foram mortas em até quatro horas depois, para que os cérebros fossem analisados.

A conclusão deles foi que duas horas são suficientes para que o microplástico rompesse a barreira hematoencefálica.

“No cérebro, as partículas de plástico podem aumentar o risco de inflamação, distúrbios neurológicos ou mesmo doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson”, relatou, em comunicado, Lukas Kenner, um dos autores do estudo.

A equipe deve seguir pesquisando para descobrir se o mesmo comportamento ocorre em seres humanos.

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