Israel x Hamas: no 4º e último dia da trégua, pressão é por mais tempo
Os dois lados discutem, ainda, se haverá mais reféns libertados nesta segunda (27/11) tanto pelo Hamas quanto por Israel
atualizado
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O acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas chega ao quarto e último dia. Nesta segunda-feira (27/11), a discussão sobre mais uma lista de reféns libertados é acrescida da pressão por mais tempo de trégua entre os lados.
O Hamas informou que está disposto a prolongar a pausa. Um integrante do grupo disse à agência de notícias AFP que o Hamas está aberto a prolongar o acordo por mais “dois a quatro dias” e reafirmou à equipe de mediadores, formada na maioria por representantes do Catar, do Egito e dos Estados Unidos.
O cessar-fogo começou na sexta-feira (24/11). Confira os números de reféns liberados até o momento:
- 175 pessoas liberadas
- Hamas soltou 39 cidadãos israelenses – três grupos de 13 – 17 tailandeses, um filipino e um russo-israelense
- Israel liberou 117 prisioneiros palestinos – em três grupos de 39.
Prisoneiros israel palestina
Recepção de prisioneiros palestinos Issam Rimawi/Anadolu via Getty Images
Uma van transportando reféns libertados da Faixa de Gaza como parte de um acordo entre Israel e o Hamas chega ao Centro Médico Sheba
Uma van transportando reféns libertados da Faixa de Gaza como parte de um acordo entre Israel e o Hamas chega ao Centro Médico Sheba Amir Levy/Getty Images
Prisioneiros israelenses libertados pela ala militar do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, como parte do acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas
Prisioneiros israelenses libertados pela ala militar do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, como parte do acordo de troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas
Reféns israelenses
Reféns israelenses liberados no segundo dia de trégua Reprodução
Reféns de Israel libertados pelo Hamas
Reféns de Israel libertados pelo Hamas Erik Marmor/Getty Images
reféns israelenses hamas deixam gaza
Um primeiro grupo de reféns recebeu liberdade na sexta (24/11) após acordo Reprodução
chegada de reféns do Hamas a israel
Chegada de reféns do Hamas Erik Marmor/Getty Images
Ambulância da Cruz Vermelha com reféns israelenses soltos pelo Hamas
Ambulância da Cruz Vermelha transportou reféns Reprodução
Funcionários da Cruz Vermelha esperam do lado de fora da prisão de Ofer, em Israel
Funcionários da Cruz Vermelha esperam do lado de fora da prisão de Ofer, em Israel Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
Luta por extensão do acordo entre Israel e Hamas
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que está lutando para que o prazo aumente. “Este é o meu objetivo, este é o nosso objetivo: manter esta pausa para além de amanhã, para que possamos continuar a ver mais reféns a sair e a fornecer mais ajuda humanitária aos necessitados em Gaza”, declarou no domingo (26/11).
Outros aliados, além das famílias dos reféns, pressionam o governo para o prolongamento da trégua e mais libertações. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deu a entender que poderia ceder a essas pressões.
Ele disse ter conversado com Biden e que acolheria “com satisfação” a extensão da trégua temporária. Para isso, no entanto, a cada dia a mais significaria um adicional de 10 cativos libertados.
Assim, o acordo teria um adendo. Hoje, a cada 50 reféns liberados pelo Hamas, Israel deve soltar 150 prisioneiros. Uma extensão seria aceita se pelo menos 10 reféns fossem liberados a cada dia extra.
Questionamentos
Mas as discussões são difíceis e cheias de detalhes. Nesta segunda, por exemplo, Israel questionou a lista que recebeu de reféns que serão libertados, segundo a mídia local. Por outro lado, o Hamas também afirmou que uma lista de prisioneiros palestinos é “problemática”.
No meio, os mediadores do Catar tentam evitar atrasos nas entregas, como aconteceu no sábado e no domingo.
Fontes palestinas dizem que um dos pontos de discórdia diz respeito a seis prisioneiras que estão em poder de Israel e foram presos antes de 7 de outubro, dia em que o Hamas matou mais de 1.200 militares e civis. O Hamas pressiona pelo “princípio de antiguidade”. Ou seja, libertar primeiro os prisioneiros detidos por mais tempo.
