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Israel promete “continuar guerra” contra Hamas após trégua

Bejamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reitera que a meta é resgatar os sequestrados e liquidar o Hamas

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1 de 1 Imagem colorida mostra primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu - Metrópoles - Foto: Kena Betancur/Getty Images

O governo de Israel prometeu continuar a guerra contra os “sub-humanos” do Hamas depois da trégua acordada com o grupo terrorista para a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos. Inicialmente prevista para esta quinta-feira (23/11), contudo, a pausa nas hostilidades não deve acontecer antes de sexta, disseram fontes militares israelenses.

“Cidadãos de Israel, quero ser claro, a guerra continua. Continuaremos até atingirmos todos os nossos objetivos de trazer de volta todos os reféns, de liquidar o Hamas e de garantir que no dia seguinte ao Hamas, em Gaza não haja nenhum fator para que as crianças sejam educadas no terror ou que seja um refúgio para terroristas”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no seu primeiro pronunciamento público após o acordo alcançado com o grupo islâmico.

Netanyahu também afirmou que enviou a mesma mensagem para o presidente dos EUA, Joe Biden, durante um telefonema. Ele ressaltou, ainda, que instruiu o Mossad, o serviço de inteligència de seu país, para ir atrás da liderança do Hamas exilada “onde quer que eles estejam”.

Visita aos reféns em cativeiro

Netanyahu insistiu que o acordo alcançado com o Hamas, que inclui uma trégua de quatro dias para a libertação de 50 reféns israelenses e 150 prisioneiros palestinos, surgiu graças à combinação de um esforço militar para criar pressão sobre o Hamas e outro político.

O chefe de governo de Israel informou que o acordo com o Hamas inclui uma cláusula prevendo que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha visitará os reféns israelenses em cativeiro.

“Aproveitamos todas as oportunidades para libertar os nossos reféns, porque trazê-los de volta é uma missão sagrada”, disse o premiê numa conferência de imprensa conjunta com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o antigo ministro da Defesa e membro do gabinete de guerra, Benny Gantz.

No seu discurso, Gallant insistiu que “o Hamas só entende a força, portanto, quanto mais força, maior será o feito e, portanto, melhor será a oportunidade de trazer de volta os reféns”.

Sub-humanos, cruéis e assassinos”

“Estamos falando de sub-humanos cruéis e assassinos, mas eles compreendem a força, e espero que, com a ajuda de Deus, libertemos os reféns e mostremos ao mundo a força israelense”, disse o ministro da Defesa, que sublinhou a determinação do governo israelense de continuar a guerra que, em 47 dias, já custou a vida de mais de 14 mil palestinos, incluindo mais de 5 mil crianças, segundo as autoridades da Faixa de Gaza.

Para Gallant, “todo o sistema de segurança está empenhado em completar a guerra até atingirmos os seus objetivos: liquidar o Hamas e trazer de volta os reféns”.

O governo de Israel concordou na terça-feira em autorizar a trégua com o Hamas com a rejeição dos três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), do ultradireitista e ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, por considerarem que se trata de um erro que prejudicará Israel.

Neste sentido, Benny Gantz sublinhou ter consciência de que, com a trégua, “o outro lado” vai “tentar ganhar tempo”. E declarou: “A decisão de ontem foi uma das decisões mais difíceis que tomei nos quarenta anos em que tenho servido este país e nesta guerra. Haverá muitas mais decisões deste tipo, mas estou totalmente convencido de que esta é a decisão certa”.

Libertações só na sexta, diz Israel

Nenhum refém israelense sequestrado pelo Hamas será libertado antes de sexta-feira, anunciou nessa quarta-feira (22/11), o chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, apesar das informações de que tanto a trégua de quatro dias quanto as primeiras libertações de 50 reféns acordadas no acordo começariam nesta quinta-feira.

“As negociações para a libertação dos nossos reféns não param”, disse Hanegbi num comunicado, acrescentando que “as libertações começarão de acordo com o acordo original entre as partes e não antes de sexta-feira”.

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