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Israel acusa Hamas de quebrar acordo e volta a atacar Gaza

Com o fim da trégua, Israel fez ataques aéreos ao território palestino. Ministro do país fala em “esmagar Gaza” e “destruir o Hamas”

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Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
Ataque de Israel à Faixa de Gaza depois do cessar-fogo ONU
1 de 1 Ataque de Israel à Faixa de Gaza depois do cessar-fogo ONU - Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

O cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas acabou no sexto dia. E já nesta sexta-feira (1º/12) os ataques israelenses recomeçaram na Faixa de Gaza. De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Hamas não concordou em libertar mais reféns, como o combinado. Assim, infringiu os termos da trégua, e a guerra continuou.

De acordo com o gabinete de Netanyahu, o Hamas não libertou todas as mulheres que eram reféns e ainda lançou foguetes contra Israel.

“Com o recomeço dos combates, enfatizamos que o governo israelense está empenhado em alcançar os objetivos da guerra: libertar os nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca representará uma ameaça para os residentes de Israel”, postou o gabinete do primeiro-ministro.

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Já o Hamas diz que Israel não aceitou proposta para libertar mais prisioneiros e os cadáveres de uma família israelense morta em ataques aéreos do país. Em comunicado, o grupo afirmou que os israelenses recusaram “todas estas ofertas porque tinham [tomado] decisão prévia de retomar a sua agressão criminosa contra a Faixa de Gaza”.

Assim, cerca de 30 minutos após o fim do cessar-fogo, às 7h30 do horário local (2h30, horário de Brasília), Israel iniciou um ataque aéreo no sul de Gaza, em locais como a comunidade de Abassan, a leste da cidade de Khan Younis. Uma casa a noroeste da Cidade de Gaza também foi atingida.

Da fronteira, era possível ouvir explosões e ver uma fumaça preta saindo da área de Gaza.

Por outro lado, em Israel, sirenes para aviso de bombas foram acionadas, dando a entender que o Hamas também recomeçou seus ataques.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 14 palestinos acabaram mortos nesse retorno de ataques aéreos. O site Al Jazeera falou em seis mortos em Rafah e  Khan Younis, além de sete vítimas na área de Maghazi.

Antes dos ataques, há a distribuição de panfletos pedindo que moradores civis de certas áreas de Khan Younis deixem suas casas.

Ministro de Israel fala em “destruir o Hamas”

Ao mesmo tempo, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, postou no X (antigo Twitter) que os militares voltaram com força total à guerra.

“Pelo bem das crianças que ainda não voltaram, pelos assassinados que não voltarão mais, para que os horrores de 7/10 nunca mais voltem, devemos regressar e esmagar Gaza com todas as nossas forças, destruir o Hamas e regressar à Faixa, sem compromissos, sem acordos, na potência máxima”, escreveu.

O conflito começou no dia 7 de outubro, quando cerca de 3 mil membros do grupo extremista invadiram o território israelense, mataram aproximadamente 1.200 civis e militares e sequestram mais de 240 pessoas. Um acordo de cessar-fogo foi anunciado para troca de reféns e entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas as partes não renovaram a trégua.

As negociações mediadas pelo Catar e pelo Egito continuam. De acordo com a agência de notícias Reuters, os mediadores continuam em contato com os dois lados. O presidente israelense, Isaac Herzog, foi visto conversando com o emir do Catar, xeque Tamim, na COP28.

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