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Insegurança de palestinos cresce após operação de Israel em Rafah

Após operação israelense em Rafah, palestinos relataram ao Metrópoles insegurança em relação ao futuro da área usada como refúgio da guerra

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Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
Imagem colorida mostra mulheres e crianças palestinas em uma carroceria de um caminhão fugindo de Rafah - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra mulheres e crianças palestinas em uma carroceria de um caminhão fugindo de Rafah - Metrópoles - Foto: Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

A recente operação de Israel que tomou o controle da passagem de Rafah, nessa terça-feira (7/5), aumentou a insegurança de palestinos que buscam refúgio contra o rastro de sangue provocado por confrontos em outras áreas da Faixa de Gaza. 

Horas antes da operação, as Forças de Defesa de Israel (IDF) ordenaram que cerca de 100 mil pessoas – das quase 1,5 milhão que se abrigam na região se deslocassem da área oriental de Rafah para a cidade de Al-Mawasi.

Al-Mawasi é classificada como uma zona humanitária expandida “onde as IDF facilitaram a expansão de hospitais de campanha, tendas e um aumento no fornecimento de água, alimentos e suprimentos médicos”.

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Contudo, palestinos que estão em Rafah ouvidos pelo Metrópoles expressaram preocupação com as consequências da nova incursão militar no principal ponto de passagem entre a Faixa de Gaza e Egito, de onde boa parte da ajuda humanitária chega à Gaza. 

“Não existe nenhum lugar seguro para essas pessoas irem em Gaza, porque o conceito de uma área designada segura acaba de ser destruído”, disse um gestor da ONG palestina Juhoud for Community and Rural Development que preferiu não se identificar.

Além dos bombardeios e ações de soldados, a obstrução da chegada de ajuda e da evacuação de feridos pela passagem de Rafah também é vista como crítica por residentes da região após o exército israelense ter tomado o controle e fechado a travessia.

“A fome será cada vez maior. E, claro, houve também uma obstrução dos corredores humanitários, o que criou uma situação muito, muito crítica, em que a família agora não consegue ter acesso a socorro e ajuda”, afirma a fonte ouvida pela reportagem.

ONU alerta para insegurança

Mesmo antes da operação no início desta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) havia denunciado ações de Israel que dificultavam a entrada de ajuda para a população da Faixa de Gaza.

No último domingo (5/5), o comissário-geral da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) alertou o aumento na “negação de acesso humanitário” e “ataques a trabalhadores e comboios humanitários” por parte das forças israelenses.

“Estes incidentes acontecem repetidamente no momento em que estamos envolvidos numa corrida contra o relógio para evitar a fome em Gaza . Também cria medo entre equipas humanitárias corajosas e empenhadas”. declarou Philippe Lazzarini.

Um dia após a operação em Rafah, o governo de Benjamin Netanyahu anunciou a liberação de Kerem Shalom, na fronteira entre Israel e Faixa de Gaza, para a entrada de ajuda humanitária. O acesso havia sido bloqueado após um ataque do Hamas, no último fim de semana, ter matado quatro soldados israelenses.

Questionado pelo Metrópoles sobre a situação da passagem de Rafah, as Forças de Defesa de Israel (IDF) pediram que a reportagem procurasse o Ministério da Defesa, que também não se pronunciou até a publicação da reportagem.

Possível invasão

Apesar da operação realizada no início da semana, uma possível invasão em grande escala por forças de Israel em Rafah ainda é incerta.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) trataram a ação de terça-feira como uma “operação precisa” contra membros e infraestruturas do Hamas na região. Segundo o exército israelense, 20 terroristas foram mortos durante a operação sem nenhum ferido.

Os números disponibilizados por Israel, no entanto, não batem com os divulgados pelo Kwait Specialized Hospital, o único centro médico em funcionamento em Rafah.

Segundo a unidade de saúde, 35 pessoas chegaram ao hospital mortas, entre elas um bebê de 4 meses. Além disso, 129 feridos foram enviados a unidade vítimas da operação israelense.

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