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Homem que estuprou e decapitou jovem no Paquistão é condenado à morte

Sentença ocorre após onda de protestos contra impunidade para feminicídio no país. Mulher foi torturada antes de ser morta

atualizado

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jovem alta sociedade decapitada paquistao (5)
1 de 1 jovem alta sociedade decapitada paquistao (5) - Foto: Reprodução

O assassinato violento da jovem Noor Muqaddam, de 27 anos, revoltou a sociedade paquistanesa. A filha de um ex-diplomata foi mantida refém por dois dias, enquanto era espancada com um soco inglês e estuprada.

Por fim, ela foi morta em 20 de julho do ano passado com golpes de faca e, em seguida, foi decapitada. O crime ocorreu em um bairro luxuoso de Islamabad, capital do Paquistão.

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O assassino é Zahir Zakir Jaffer, de 30 anos, CEO da empresa Therapy Works e oriundo de uma família do setor industrial, uma das mais ricas do país asiático. Ele matou a jovem porque ela teria recusado o pedido dele de casamento.

A trágica história de Noor Muqaddam foi mais conhecida no Brasil esta semana, após reportagem da BBC da jornalista Shumaila Jaffery, traduzida para o português.

Impunidade

O assassinato cruel provocou uma onda de protestos no Paquistão. O país foi tomado por manifestações nas ruas e nas redes sociais, pedindo mudanças na justiça paquistanesa.

A ONG Human Rights Watch calcula que 1 mil mulheres morrem todo ano no país nos chamados “crimes de honra”, segundo a matéria da BBC. A taxa de condenação para esses casos é entre 1 e 2,5%, segundo as Nações Unidas.

Condenação

Zahir foi condenado à morte no dia 24 de fevereiro de 2022. Também foi determinado que ele pague uma multa e fique preso por 25 anos. A pena de morte ainda será confirmada pela supremo tribunal do Paquistão, segundo o jornal paquistanês Dawn.

Dois empregados de Zahir também foram condenados a 10 anos de prisão por cumplicidade no assasssinato. Eles estiveram na cena do crime antes da perícia. Além disso, Noor tentou fugir do cativeiro, o que foi confirmado por câmeras de segurança.

Os pais de Zahir e outros funcionários chegaram a ser investigados, mas foram absolvidos.

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