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Fatah, Hamas, Hezbollah: conheça grupos atuantes no Oriente Médio

Da política ao terrorismo, Fatah, Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica têm diferentes características e influenciam dinâmicas regionais

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1 de 1 Imagem colorida de bandeiras dos grupos atuantes no Oriente Médio - Metrópoles - Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O ataque do Hamas a Israel e a guerra que se seguiu chamam a atenção para a complexidade política no Oriente Médio. Fatah, Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica são organizações políticas ou extremistas com objetivos, ideologias e papéis próprios no cenário geopolítico regional.

Alguns atuam na política, mas também podem optar por ações armadas e terroristas, como o Hamas, que cometeu um ataque mirando, principalmente, civis israelenses no fim de semana passado.

Conheça mais sobre cada um desses grupos.

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Bandeira do Hamas
Bandeira do Hezbollah
Bandeira da Jihad Islâmica
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Bandeira do Fatah

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Bandeira do Hamas

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Bandeira do Hezbollah

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Bandeira da Jihad Islâmica

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Hamas

O Hamas, cujo nome é um acrônimo árabe para Movimento de Resistência Islâmica, surgiu na década de 1980 em meio à Primeira Intifada, um levante palestino contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. O movimento foi fundado por membros da Irmandade Muçulmana palestina, influenciados pelo islamismo militante, e rapidamente se tornou um ator importante na luta palestina.

O grupo, que prega a destruição de Israel, é conhecido por se posicionar contra a ocupação israelense. O Hamas usa da resistência armada como um meio de alcançar seus objetivos, que incluem a criação de um Estado palestino independente. No entanto, sua abordagem em relação a Israel é frequentemente considerada uma barreira para a paz na região.

Em 2006, o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas e assumiu o controle da Faixa de Gaza, estabelecendo um governo rival em relação à Autoridade Palestina, liderada pelo Fatah. Isso resultou em uma divisão política entre a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, e a Cisjordânia, sob controle do Fatah.

Além de sua luta contra Israel, o Hamas desenvolveu programas sociais e serviços em Gaza, o que lhe garantiu apoio entre a população local. No entanto, o grupo é amplamente considerado uma organização terrorista por nações ocidentais.

Apesar de pressionado internamente por políticos conservadores, o Brasil não se inclui no grupo de países a considerar o Hamas uma organização terrorista, com a justificativa que a Organização das Nações Unidas (ONU) não classifica o grupo como terrorista. Ainda assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se referido aos ataques contra civis israelenses como atos terroristas, mas sem citar nominalmente o Hamas.

Fatah

O Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah) foi fundado em 1959, por Yasser Arafat, com o objetivo de unir os palestinos na busca de autodeterminação e da criação de um Estado palestino independente. Ao contrário do Hamas, o Fatah adotou uma abordagem mais pragmática em relação ao conflito, buscando uma solução de dois Estados, onde Israel e Palestina coexistiriam.

O Fatah é secular, ou seja, livre de dogmas religiosos, e atualmente é um grupo menos radical que o Hamas.

O partido ganhou destaque nas décadas de 1960 e 1970 por meio de ações armadas e atentados, com o objetivo de desafiar a ocupação israelense. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Arafat, uniu várias facções palestinas, incluindo o Fatah, na busca por reconhecimento internacional e resolução do conflito.

Em 1990, Fatah e Israel assinaram os Acordos de Oslo, visando a autodeterminação palestina e a paz. No entanto, apesar da iniciativa, as tensões persistiram. Após a morte de Yasser Arafat em 2004, o Fatah enfrentou desafios políticos internos e crescente rivalidade com o Hamas. Essa divisão política resultou em governos separados na Cisjordânia, liderada pelo Fatah, e na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.

Hoje, o Fatah ainda desempenha um papel importante na Autoridade Palestina, que governa partes da Cisjordânia. Embora sua influência tenha diminuído em relação ao Hamas, o partido continua a buscar uma solução política para o conflito israelo-palestino.

Hezbollah

O Hezbollah, cujo nome significa “Partido de Deus”, é uma organização libanesa que surgiu durante a guerra civil no Líbano na década de 80. Influenciado pelo Irã e apoiado pela Síria, o Hezbollah concentra-se na resistência contra Israel e na promoção da influência xiita no Oriente Médio.

O grupo surgiu em resposta à ocupação israelense do sul do Líbano. Inspirado e apoiado pelo Irã, o Hezbollah rapidamente se tornou uma força de resistência contra Israel. Sua ala militar é considerada uma das mais poderosas da região, tendo lançado ataques bem-sucedidos contra alvos israelenses.

Além de suas atividades militares, o Hezbollah é uma força política influente no Líbano, com representação no parlamento e participação no governo. Seu apoio a causas xiitas e sua lealdade ao Irã o colocaram em desacordo com nações ocidentais e árabes sunitas.

Seu papel na resistência contra Israel e sua presença política contínua no Líbano o tornam uma força determinante na região e há grande temor pela entrada de seus combatentes no conflito atual.

Jihad Islâmica

A Jihad Islâmica Palestina é uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, a organização é conhecida por sua postura radical e suas ligações estreitas com o Irã.

A Jihad Islâmica tem como objetivo central a destruição de Israel e a criação de um Estado palestino islâmico. Os membros da Jihad defendem a resistência armada como meio legítimo de alcançar êxito nos seus propósitos.

Embora seja uma força menor em comparação com grupos como o Hamas e o Fatah, a Jihad Islâmica Palestina tem presença constante no conflito israelo-palestino, lançando ataques contra alvos israelenses e promovendo uma agenda radical.

O termo “jihad” é usado no ocidente para caracterizar grupos radicais. No islã, contudo, o conceito é mais amplo: caracteriza a luta – ou esforço – de indivíduo para o seu próprio bem ou em prol do bem coletivo.

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