metropoles.com

Europa abre inquérito para investigar massacre na Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, conversou com Zelensky e classificou as mortes como “assassinatos atrozes”

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Redes Sociais
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fala em pronunciamento sobre a crise na Ucrânia e anuncia sanções à Rússia. Ela é loira, de olho azul e pele clara e fala ao microfone - Metrópoles
1 de 1 A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fala em pronunciamento sobre a crise na Ucrânia e anuncia sanções à Rússia. Ela é loira, de olho azul e pele clara e fala ao microfone - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A União Europeia anunciou a abertura de um inquérito, em conjunto com a Ucrânia, para apurar o que seria um massacre em Bucha, cidade ucraniana próxima a Kiev.

Nesta segunda-feira (4/4), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contou que conversou com Zelenski por telefone e classificou as mortes como “assassinatos atrozes”

A operação envolverá diversas instâncias do bloco europeu, como Eurojust e Europol, além de agências de investigação dos países-membros da União Europeia e órgãos como o Tribunal Penal Internacional. ​

Negativa russa

O governo russo negou que tenha matado civis em Bucha.

Na manhã desta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reafirmou o posicionamento do país: “Rejeitamos categoricamente todas as acusações”.

O país liderado por Vladimir Putin nega que tenha promovido o massacre. Segundo o governo ucraniano, ao menos 400 corpos foram encontrados na rua ou em valas rasas. O Kremlin pediu uma análise oficial do que chamou de “provocação” ucraniana.

Alexander Bastrykin, chefe do Comitê de Investigação da Rússia, determinou a abertura de um inquérito para apurar se a Ucrânia espalhou “informações deliberadamente falsas” sobre as forças armadas russas, segundo um comunicado do comitê.

A Rússia alega que as imagens do massacre foram encenadas e editadas pelos Estados Unidos e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Os russos convocaram uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o que chamou de “provocações odiosas” da Ucrânia.

“Genocídio”

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de cometer crime de guerra ao visitar a cidade de Bucha, onde ocorreu um grave bombardeio. Para ele, o ataque foi um “genocídio”.

Zelensky esteve na cidade, localizada a noroeste de Kiev, capital e coração do poder. “Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, afirmou.

0

O líder ucraniano chamou as forças russas de “carniceiras, estupradoras e saqueadoras” e pediu mais sanções contra o inimigo.

Imagens de Bucha, divulgadas no domingo (3/4), mostram ao menos 20 cadáveres no chão e valas comuns. Após a visita, Zelensky disse que o massacre irá atrasar o processo de negociação de paz com a Rússia.

Haia

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, que investigue o caso.

“Enviem suas missões a Bucha e a outras cidades libertadas, em cooperação com as agências policiais ucranianas, para coletar todas as evidências desses crimes de guerra”, afirmou em entrevista a uma rádio do Reino Unido.

Biden reage

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a defender que o líder russo, Vladimir Putin, seja julgado por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

Nesta segunda-feira, o líder norte-americano disse a jornalistas que pedirá o julgamento e adiantou que irá impor novas sanções contra a Rússia. “Vocês viram o que aconteceu em Bucha. Ele é um criminoso de guerra”, frisou Biden nesta manhã.

Compartilhar notícia