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EUA: projetos de Trump para muro na divisa com México são cancelados

O atual presidente americano, Joe Biden, já havia anunciado a interrupção dos projetos logo após assumir o governo, em janeiro

atualizado

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O Pentágono anunciou nesta sexta-feira (30/4) o cancelamento dos projetos de construção de um muro na fronteira entre Estados Unidos e México pagos com fundos militares. O ex-presidente Donald Trump havia ordenado a transferência de bilhões de dólares do orçamento do Departamento de Defesa para pagar o muro depois que o Congresso negou seu financiamento. O atual presidente americano, Joe Biden, já havia anunciado a interrupção dos projetos logo após assumir o governo, em janeiro.

“O Departamento de Defesa está cancelando todos os projetos de construção de barreiras de fronteira pagos com fundos originalmente destinados a outras missões e funções militares, como escolas, projetos de construção militar em países parceiros e a conta de equipamento da Guarda Nacional e da Reserva”, disse o vice-porta-voz do Pentágono Jamal Brown em um comunicado.

“A ação de hoje reflete o compromisso contínuo desta administração em defender nossa nação e apoiar nossos membros do serviço e suas famílias”.

Trump lançou sua campanha presidencial em 2015 com a promessa de construir um muro na fronteira com o México, país que ele afirmou que faria pagar pela obra. Os mexicanos se negaram a assumir a construção e a Câmara dos Deputados dos EUA não aprovou nenhum projeto com esse propósito. Trump acabou recorrendo aos cofres do Pentágono.

Sob o governo republicano, foram conduzidas obras em 724 km de barreiras, principalmente de reparos em trechos já existentes, muitos entre desertos e montanhas do sul do Arizona. Novas barreiras representam apenas 76 km deste número. Pouco foi feito no Vale do Rio Grande, no sul do Texas, área mais movimentada para travessias de fronteira e epicentro de um grande fluxo de migração.

O comunicado não indicou quanto dinheiro o cancelamento economizará, nem se os fundos restantes seriam usados para pagar os custos de desmobilização de empreiteiros, cujas escavadeiras e tratores foram paralisados no dia 20 de janeiro.

Uma estimativa do Corpo de Engenheiros do Exército, feita no outono passado (norte), determinou que haveria cerca de US$ 3,3 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões) em fundos restantes se Biden optasse por não prosseguir com os planos de construção de Trump para cercar 458 km adicionais.

O governo economizaria cerca de US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 12 bilhões) depois de pagar os custos de desmobilização às empreiteiras, concluiu a estimativa.

A fronteira entre os Estados Unidos e o México tem atualmente 3 142 km de extensão.

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