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EUA: Igreja Católica teve mais de 600 crianças vítimas de abuso sexual

Relatório revela que ao longo de mais de 60 anos, 156 líderes da Igreja Católica abusaram sexualmente de crianças

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Getty Images/ Bruce Yuanyue Bi
Igreja Católica no Novo México, Estados Unidos - Metrópoles
1 de 1 Igreja Católica no Novo México, Estados Unidos - Metrópoles - Foto: Getty Images/ Bruce Yuanyue Bi

Relatório da Procuradoria-Geral da Maryland, nos Estados Unidos, divulgado nesta quarta-feira (5/4), aponta que cerca de 600 crianças foram vítimas de abusos sexuais cometidos por 156 lideranças da Igreja Católica do estado. Os crimes teriam ocorrido ao longo de 60 anos, segundo o procurador-geral estadual, Anthony Brown.

“Quando a negação se tornava impossível, a liderança da Igreja afastava os abusadores da paróquia ou da escola, às vezes com promessas de que não teriam mais contato com as crianças. Documentos da Igreja revelam com clareza perturbadora que a Arquidiocese estava mais preocupada em evitar escândalos e publicidade negativa do que proteger as crianças”, destacou um trecho do relatório.

O documento apresentado pela procuradoria aponta que determinadas paróquias eram utilizadas como bases de vários abusadores, locais onde 11 abusadores viveram e trabalharam entre 1964 a 2004.

“Jovens em algumas paróquias foram perseguidos por vários abusadores ao longo de décadas, e o clero usou o poder e a autoridade do ministério para explorar a confiança das crianças e famílias sob seus cuidados”, afirmou o procurador-geral Brown.

O documento revela que entre 1940 e 2022, padres, seminaristas, diáconos, professores e outros membros da Igreja Católica dos Estados Unidos participaram de abusos praticados contra crianças que frequentavam as dependências religiosas.

As investigações sobre os abusos da Arquidiocese de Baltimore tiveram início em 2018. Com o fim dos trabalhos, o procurador destaca uma “falha sistêmica e depravada da Arquidiocese em proteger os mais vulneráveis ​​- as crianças que ela foi encarregada de manter seguras”.

Em nota à imprensa, a Procuradoria-Geral da Maryland declarou que o relatório está baseado em “centenas de milhares de documentos e histórias não contadas de centenas de sobreviventes”.

No final de março, o Vaticano publicou uma alteração na lei canônica direcionada para os esforços para impedir novos abusos sexuais dentro da Igreja Católica. A mudança passa a responsabilizar também laicos que dirigem associações reconhecidas pela Santa Sé.

Em 2019, o papa Francisco emitiu decreto que tornou obrigatório que todos os padres e membros da Igreja Católica relatem qualquer suspeita de abuso sexual e responsabiliza os bispos por qualquer violência cometida ou acobertada por eles.

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