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Em resposta aos norte-coreanos, EUA e Coreia do Sul testam mísseis

De acordo com informações divulgadas por militares americanos, o exercício foi determinado por ordem direta do presidente Donald Trump

atualizado

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U.S. Navy photo/Released
míssil eua estados unidos marinha
1 de 1 míssil eua estados unidos marinha - Foto: U.S. Navy photo/Released

Em resposta ao lançamento de um míssil intercontinental por parte da Coreia do Norte, Estados Unidos e Coreia do Sul fizeram testes conjuntos com lançamentos de mísseis balísticos no Mar do Japão, nesta quarta-feira (5/7). De acordo com informações divulgadas por militares americanos, o exercício foi determinado por ordem direta do presidente do país, Donald Trump, e foram usados mísseis de precisão desenvolvidos pelas duas nações.

Os modelos utilizados na ação foram o sul-coreano Hyunmoo-21 e o ATACMS dos EUA, que “podem ser usados a qualquer momento”, alertaram os dois países.

Já a repercussão do teste intercontinental de Pyongyang, realizado na terça-feira (4), continua. O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que a ação foi “uma outra grande violação das resoluções do Conselho de Segurança e constitui uma perigosa escalada da situação”.

“A liderança de Pyongyang deve evitar outras ações provocatórias e respeitar as próprias obrigações internacionais”, advertiu Guterres pedindo que a comunidade internacional “esteja unida para enfrentar esses desafio”.

Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, manteve a sua “condenação” ao teste, mas pediu que todas as partes envolvidas na questão “mantenham a calma e façam uso da moderação”.

Ele seguiu o discurso da nota assinada pelo presidente do país, Xi Jinping, durante visita ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, e sugeriu que a retomada das negociações ocorra com o fato de que Pyongyang pare imediatamente seus planos nucleares e que EUA e Coreia do Sul parem com os exercícios militares conjuntos.

Os testes do ditador Kim Jong-un ocorrem há anos, mas foram intensificados desde o ano passado e tem provocado o medo de que uma guerra volte a atingir a península coreana. Desde 1953, com a assinatura de um armistício pelas duas Coreias, o uso de armas na região cessou, mas a paz em si nunca chegou.

Por conta dos frequentes testes, Pyongyang já sofre uma série de sanções internacionais, que não surtiram efeitos na realização dos testes com mísseis de vários tipos. E, desde que Trump assumiu o poder nos EUA, a possibilidade de um conflito armado vem sendo levada em consideração pelos americanos.

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